26 de Abril de 2024 - Ano 10
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30/07/2019

Massacre do Pará: 57 presos envolvidos em confronto começam a ser transferidos de Altamira

Foto: Reprodução

Pará transfere presos após massacre de 57

O governo do Pará iniciou na manhã desta terça-feira (30) a transferência de um grupo de 46 presos do Centro de Recuperação Regional de Altamira, sudeste do Pará, para Belém.

 

Na segunda-feira (29), 57 detentos foram assassinados durante um confronto entre facções criminosas dentro do presídio. Líderes do Comando Classe A (CCA) incendiaram cela onde estavam internos do Comando Vermelho (CV). No local, 41 detentos morreram asfixiadas e 16 foram decapitados, segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe).

 

Nesta terça, começaram a ser transferidos para presídios federais oito líderes de facção que estavam no presídio de Altamira. Outros oito estão sendo levados para ficar em isolamento e unidades unidades prisionais de Belém, capital paraense. Mais 30 detentos serão distribuídos por cinco outras prisões do estado.

 

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As transferências, que iniciaram por volta das 9h30, devem ser concluídas até quarta-feira (31).

 

"O objetivo é tirar do mesmo ambiente as facções rivais. Já foram identificados, presos em flagrante e serão responsabilizados alguns dos envolvidos nas mortes. O policiamento na região de Altamira será reforçado, e também nas casas penais de Belém, onde faremos uma redistribuição dos internos como medida de segurança", informou o titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.


Pedido de força-tarefa federal

 


Também foi solicitado pelo governador do estado, Helder Barbalho, ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o deslocamento de pelo menos 40 integrantes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), do Departamento Penitenciário Nacional. Dez agentes devem chegar ao Pará já nesta terça-feira.


Após o massacre e as informações divulgadas pelo relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que apontam superlotação no presídio, o governo anunciou a ampliação das casas penais.

 

A conclusão do presídio no município de Vitória do Xingu, também na região de Altamira, terá capacidade para 306 presos adultos e 200 mulheres no regime fechado, além de 200 internos do regime semiaberto.

 

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Briga entre facções iniciou rebelião que deixou 57 mortos em presídio do Pará

 

Segundo Helder Barbalho, a Norte Energia, empresa responsável pela construção do presídio — como obra de compensação ambiental da Usina Hidrelétrica de Belo Monte — garantiu que a unidade prisional será entregue em 60 dias.

 

Na manhã desta terça-feira (30), o Ministério Público do Pará disse em nota que cobra a conclusão de obras no presídio desde 2017. Em setembro de 2018, uma rebelião na mesma unidade prisional deixou toda a área do semiaberto destruída pelo fogo. Segundo o MP, a área ainda não foi reformada.

 

Fotos: Reprodução

 

A promotoria de Altamira instaurou um inquérito civil para apurar a paralisação das obras do presídio e acelerar a sua conclusão junto aos órgãos responsáveis, incluindo a empresa Norte Energia, responsável pela construção. 

 

 G1

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