22 de Maio de 2024 - Ano 10
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16/04/2024

Mauro Cid pai teria vendido joias de Bolsonaro na Apex e foi ironizado: 'aumentou exportação'

Foto: Reprodução

Pai do tenente coronel Mauro Cid e amigo de décadas de Bolsonaro, o general teria transformado a Apex em um balcão para negociar os presentes furtados pelo ex-presidente nos EUA

Reportagem de Aguirre Talento, no portal Uol nesta terça-feira (16), revela que a Polícia Federal tem indícios de que o general Mauro Cesar Lourena Cid usou a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) para negociar a venda de joias e relógios que Jair Bolsonaro (PL) ganhou quando presidente da República. Os objetos foram furtados do patrimônio da União e levados aos EUA durante a fuga do ex-presidente em dezembro de 2022, às vésperas da posse de Lula.

 

O general é pai do tenente coronel Mauro Cid, que voltou para a prisão, e amigo de décadas de Bolsonaro, que o nomeou para comandar da Apex durante seu governo. Em troca de mensagens obtidas pela PF, funcionários da Apex ironizaram o balcão de negócios montado por Mauro Lourena Cid para vender os presentes de Bolsonaro na agência, que atua como uma organização de direito privado, mas é bancada por recursos do Sistema S, que se nutre da renúncia fiscal por parte do governo para promover ações sociais.

 

"O general atendeu plenamente as metas de aumentar as exportações brasileiras de relógios e obras de arte para os Estados Unidos", afirmou Michael Rinelli, funcionário da Apex ouvido pela PF, em conversa com uma colega identificada como Catiane.

 

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Na troca de mensagens, os dois ainda afirma que o general foi pressionado pela responsável por recursos humanos da Apex, Paola Buono, para devolver o aparelho celular da empresa após ser demitido do cargo, em janeiro de 2023, já no governo Lula.

 

"Dá para reconhecer até o telefone na foto", diz Rinelli. "Telefone da Apex?", indaga Catiane. "Eu acho que o próprio, aquele que ele não queria devolver, mas a Paola trancou ele na sala e não deixou sair enquanto ele não entregou o telefone", respondeu o funcionário da Agência.

 

No início do mês, reportagem do Jornal da Band revelou que funcionários da Apex em Miami confirmaram que o militar guardava esses “presentes” dados ao ex-presidente em visitas internacionais lá.

 

Revista Fórum

Foto: Reprodução

 

“Todo mundo aqui em Miami sabe que o general guardava os presentes do Bolsonaro aqui. Ele até tentava esconder, mas a gente via”, diz uma servidora da Apex na mais famosa cidade da Flórida.Mauro Cid, o pai, já é investigado pela Polícia Federal por ter tentado vender objetos valiosos concedidos ao então chefe de Estado, que na verdade pertenceriam ao acervo da Presidência da República, em lojas do ramo em território norte-americano. Ele inclusive aparece no reflexo de uma caixa de vidro fotografando uma obra de arte que foi oferecida a leiloeiros nos EUA.

  

Um outro funcionário, que foi demitido da agência recentemente, entregou à Band uma cópia de um e-mail enviado por ele ao RH da Apex denunciando que o general Mauro Cid seguiu frequentando o escritório do órgão em Miami por dois meses, com autorização da chefia da época e com acesso total às dependências, e que até recebeu o filho lá, o tenente-coronel Mauro Cid, que saiu do local levando malas e objetos.

 

“Ele veio no escritório de Miami com o Mauro Cid quando não tinha mais cargo nenhum aqui. Deixaram ele entrar e sair por três meses”, disse uma outra servidora ouvida pela emissora, que citou um prazo até maior de acesso ilegal por parte do general.

 

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Por fim, a reportagem informa que o militar da reserva procurou o executivo de investimentos da Apex, Michael Rinelli, para que a entidade pagasse pela impressão de um material golpista que estimulava a tentativa de ruptura institucional que Bolsonaro tentou levar a cabo no Brasil àquela época. Rinelli teria advertido Cid de que sabia que os telefones e computadores usados pelo general na agência poderiam possuir conteúdos comprometedores, o que fez com que o pai do tenente-coronel fosse até lá, em março de 2023, já no governo Lula (PT), e apagasse essas informações. 

 

Fonte: Revista Forum

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