NOTÍCIAS
Saúde
Médicos apontam problemas de saúde comuns durante a gravidez
Foto: Getty Images

Cada gestação é única, e embora muitas mudanças sejam naturais, é importante não ignorar os sinais do corpo

A gestação é um período de muitas transformações no corpo da mulher, tanto físicas quanto hormonais e emocionais. Embora muitas dessas mudanças sejam fisiológicas, algumas condições de saúde podem surgir ou se agravar e demandar cuidado especial.

 

Especialistas ouvidos pelo Metrópoles listam os problemas de saúde mais comuns durante a gravidez. Confira:

 

A hipertensão costuma surgir após a 28ª semana de gestação, geralmente por alterações nos vasos sanguíneos e na adaptação da placenta. Se não controlada, pode evoluir para pré-eclâmpsia ou eclâmpsia, quadro mais grave que oferece riscos à mãe e ao bebê.

 

Veja também

 

Ministério da Saúde realiza hoje Dia D de vacinação contra a gripe; veja quem pode tomar

 

UTI Neonatal do Instituto Dona Lindu adota extração de leite materno à beira do leito para fortalecer vínculo entre mãe e bebê

 

“Essa condição pode ser prevenida através de medicamentos específicos e suplementação de cálcio em mulheres que tenham risco”, afirma a ginecologista e obstetra Ludmila Bercaire, que atua em São Paulo.

 

A necessidade de ferro aumenta na gravidez por conta do maior volume de sangue e da formação das hemácias fetais. Quando a alimentação não supre essa demanda ou há dificuldade de absorção, a gestante pode desenvolver anemia. Os principais sintomas são cansaço, palidez e falta de ar.

 

Algumas mulheres desenvolvem resistência à insulina devido aos hormônios da placenta. Isso leva ao aumento da glicose no sangue, principalmente no segundo ou terceiro trimestre.

 

“Embora muitas vezes seja assintomática, a condição pode trazer riscos à mãe e ao bebê se não for tratada. Por isso, todas as gestantes devem ser rastreadas entre a 24ª e a 28ª semana”, orienta Ludmila.

 

São mais frequentes durante a gestação devido à dilatação das vias urinárias e à menor motilidade da bexiga. Muitas vezes não apresentam sintomas, mas, se não tratadas, podem causar parto prematuro. “Exames regulares de urina são fundamentais para detectar essas infecções precocemente”, alerta a médica.

 

As hemorroidas são dilatações nas veias da região anal, favorecidas por alterações hormonais, aumento do volume sanguíneo e pela pressão do útero em crescimento. Elas podem causar dor, coceira e até sangramento.

 

O tratamento costuma focar no alívio dos sintomas, utilizando banhos de assento morno, pomadas adequadas e, se necessário, intervenção médica.

 

“Para prevenir, recomenda-se uma dieta rica em fibras, boa hidratação, evitar longos períodos sentada ou em pé e praticar exercícios adequados à gestação”, explica a coloproctologista Aline Amaro, de Brasília.

 

As fissuras são cortes na mucosa do ânus, geralmente causadas por constipação, muito comum na gravidez. A causa está relacionada à ação da progesterona, que reduz os movimentos intestinais, e ao aumento da pressão abdominal.

 

“O tratamento pode incluir ajustes na dieta, laxantes leves, banhos de assento mornos e pomadas cicatrizantes. Em casos mais resistentes, é fundamental consultar o médico para avaliar alternativas seguras”, afirma o coloproctologista Danilo Munhóz, da clínica DuoProcto, em Brasília.

 

Durante a gravidez, o aumento do volume de sangue e a compressão das veias pélvicas pelo útero favorecem o aparecimento de varizes nas pernas.

 

“Elas podem causar dor, inchaço e sensação de peso. Caminhadas leves, elevação das pernas e o uso de meias de compressão são medidas eficazes para aliviar os sintomas”, orienta o angiologista Rodolpho Reis.

 

É fundamental que a gestante saiba reconhecer situações que exigem atenção urgente. Segundo a ginecologista Ludmila Bercaire, os principais sinais de alerta incluem:

 

Sangramento vaginal em qualquer fase da gestação;
Dor abdominal intensa e persistente;
Contrações regulares antes das 37 semanas;
Ausência de movimentos fetais percebidos após a 20ª semana;
Sinais de infecção urinária ou sistêmica;
Inchaço súbito acompanhado de dor de cabeça forte ou visão embaçada;
Corrimento com odor fétido ou alteração de coloração.
A profissional afirma que o acompanhamento pré-natal regular, aliado à informação de qualidade, é a melhor ferramenta para prevenir e detectar precocemente qualquer alteração.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram

Entre no nosso Grupo de WhatAppCanal e Telegram

 

“Cada gestação é única, e embora muitas mudanças sejam naturais, é importante não ignorar os sinais do corpo. Em caso de dúvida, o melhor caminho sempre será procurar o profissional de saúde de confiança”, orienta a médica.

 

Fonte: Metrópoles

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Email:

Mensagem:

Copyright © 2013 - 2025. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.