O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, trouxe uma redução marginal na estimativa de inflação para este ano de 5,51% para 5,50%. O destaque não é o tamanho do corte, mas a consistência na queda das projeções, essA foi a quinta redução consecutiva.
- Se continuar caindo a estimativa para o IPCA pode vir a ser uma boa sinalização. As previsões para 2026,2027 e 2028 permaneceram estáveis em 4,5%, 4,0% e 3,8%, respectivamente - ressalta Étore Sanchez, economista da Ativa Investimentos.
O economista Álvaro Bandeira, coordenador de Economia da Apimec, ressalta que o Brasil tem hoje o terceiro maior juros real do mundo e com uma taxa nesse patamar, a economia desacelera e a inflação cai. E destaca:
Veja também
Dívidas consomem 27% da renda dos brasileiros, maior nível desde o início do Desenrola
Festival Amazonas de Turismo impulsiona pequenos negócios e mostra a força da economia criativa
- Apesar dessa política altamente contracionista, seguimos acima do teto da meta da inflação. E o déficit fiscal dificulta o alívio dos juros pelo Banco Central.
Entre as revisões feitas pelo mercado no boletim desta segunda-feira, houve uma ligeira elevação da previsão para o PIB deste ano, de 2% para 2,02%. E ainda a redução da estimativa para o dólar de R$ 5,85 para R$ 5,82, o que segundo Bandeira, está relacionado ao cenário internacional no qual o dólar vem perdendo o que o economista chama de "qualidade de porto seguro".
Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram
Entre no nosso Grupo de WhatApp, Canal e Telegram
Os analistas ouvidos pelo Banco Central mantiveram a projeção para a Selic ao fim deste ano em 14,75%, entendendo que o ciclo de alta de juros foi encerrado, mas que a queda da taxa só deverá acontecer no ano que vem. As estimativas para os juros foram mantidas também para os próximos anos ficando em 12,50%, em 2026; 10,50%, em 2027; e 10%, em 2028.
Fonte: O Globo