O percentual de mulheres candidatas em relação ao total de nomes que disputarão as eleições de 2022 cresceu apenas 1,62% na comparação com 2018, mesmo após a aprovação de lei que obriga os partidos a terem ao menos 30% das candidaturas femininas.
Neste ano, 33,27% dos candidatos são do sexo feminino, contra 31,65% em 2018. No total, serão 9.353 mulheres na corrida por cargos eletivos em 2022. Há 4 anos, foram 9.204. Ou seja, são 149 mulheres a mais tentando entrar na política, área que ainda é dominada por homens no Brasil.
Apesar de pequeno, o crescimento é visto desde 2006, quando as candidaturas femininas somaram 14,25% do total. Número que subiu em 2010 (22,43%) e 2014 (31,05%).
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As mulheres ocupam apenas 15% das cadeiras (77 das 513) na Câmara dos Deputados e 16% (13 de 81) no Senado Federal. Os percentuais são bem inferiores ao peso das mulheres no eleitorado do país, que corresponde a 52,9%.
COTAS
Uma das alterações na lei para incentivar a chegada de mulheres em cargos de poder foi a contagem em dobro dos votos de candidaturas femininas para fins de distribuição das verbas referentes ao Fundo Eleitoral, o “Fundão”, entre as siglas. Na prática, a medida incentiva as legendas a filiarem e lançarem mais mulheres na disputa, uma vez que, quanto mais votos conseguirem, maior será a parcela “abocanhada” pelo respectivo partido.
Além disso, o Congresso Nacional também aprovou a obrigatoriedade de os partidos preencherem com mulheres, no mínimo, 30% de suas candidaturas a todos os cargos em disputa.
O mesmo percentual também será considerado na distribuição de recursos destinados à campanha. Isto é, 30% do dinheiro deverá ser utilizado, exclusivamente, para financiar postulantes femininas.
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As mulheres ainda terão 30% do tempo de propaganda eleitoral do partido reservado, independentemente do número de candidaturas.
Fonte: Metrópoles