O modelo computacional simula o regolito da Lua de forma muito semelhante à realidade, o que tornará a operação de robôs mais eficiente
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, desenvolveu um modelo computacional que simula a poeira lunar (ou regolito) de uma forma impressionante. A pesquisa poderia ajudar futuras missões à Lua a operarem robôs de forma mais segura e suave e até mesmo ser usada para treinar astronautas.
No estudo, publicado na revista Frontiers in Space Technologies, os pesquisadores baseados no Laboratório de Robótica de Bristol investigaram o regolito e desenvolveram uma versão virtual do material para que possa ser utilizado em simulações.
O estudo da poeira lunar é importante para as missões lunares que acontecerão até o final da década e na próxima, pois os cientistas podem descobrir formas de usá-la para apoiar a exploração do satélite. O problema é que a operação de robôs a longa distância para coletarem o regolito está sujeita a atrasos no sistema, e enviar astronautas para isso é caro e arriscado.
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No entanto, com a simulação muito semelhante à realidade, os pesquisadores podem utilizá-la para espelhar a operação robótica na Lua, reduzindo os atrasos e possibilitando um controle mais suave e eficiente.
A simulação surgiu com base no desejo de operadores de robôs especializados de treinarem em seus sistemas com risco e realismo gradualmente crescentes em um modelo de simulação preciso. Embora modelos de poeira lunar muito semelhantes à realidade tenham sido desenvolvidos anteriormente, eles são muito detalhados, fazendo com que seja preciso muito tempo computacional, o que torna tudo mais lento.
Foto: Reprodução
Pensando nisso, pesquisadores do Centro Aeroespacial Alemão desenvolveram um modelo computacional em que só é considerado densidade, viscosidade e fricção do regolito, bem como a gravidade da Lua, o que permitiu que ele fosse executado em tempo real.
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No entanto, esse modelo opera melhor com pequenas quantidades de poeira lunarNo modelo desenvolvido na nova pesquisa, os cientistas tinham como objetivo aumentar a quantidade de regolito que a simulação pudesse lidar, ao mesmo tempo que ele continuava sendo executado em tempo real. O resultado da poeira lunar digital foi promissor e agora espera-se investigar se ela pode ser usada ao operar robôs.
Fonte: Olhar Digital