10 de Outubro de 2024 - Ano 10
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12/08/2024

Morre aos 96 anos, Delfim Netto, ex-ministro da Economia na ditadura

Foto: Reprodução/TV Brasil

Ex-ministro e ex-deputado, o economista estava internado desde a segunda-feira, 5, em São Paulo, e morreu de complicações do quadro de saúde

Morreu na madrugada desta segunda-feira, 11, o ex-ministro e ex-deputado federal Antônio Delfim Netto (foto). O economista estava internado desde a segunda-feira, 5, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e morreu de complicações do quadro de saúde.

 

Delfim foi ministro da Fazenda durante os governo militares, de 1967 e 1974, e também atuou como ministro do Planejamento de 1979 a 1985, ministro da Agricultura, em 1979, e embaixador do Brasil na França, de 1975-1977.

 

Delfim era professor emérito da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). A família informou que o velório será fechado e que o enterro será restrito a parentes.

 

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AI-5

 

E entrevista concedida em 2021, o ex-ministro disse que voltaria a assinar o AI-5, o ato institucional editado em 13 de dezembro de 1968, sob Costa e Silva, que marcou o período mais violento da ditadura militar no Brasil.

 

“Eu voltaria a assinar o AI-5. Eu tenho dito isso sempre. Aquilo era um processo revolucionário, vocês têm que ler jornais daquele momento”, disse Neto, que conseguiu estabelecer uma carreira política muito influente após o fim dos governos militares e chegou a se tornar conselheiro de Lula.

 

“As pessoas não conhecem história, ficam julgando o passado como se fosse o presente. Naquele instante foi correto, só que você não conhece o futuro”, acrescentou o ex-ministro na entrevista, ponderando que quem defendia um decreto semelhante em 2021, durante o governo Jair Bolsonaro, era “idiota”.

 

Delfim Netto participou no Palácio das Laranjeiras, no Rio, da reunião do Conselho de Segurança Nacional, convocada por Costa e Silva, na qual foi aprovado o Ato Institucional nº 5 (AI-5)

Fotos: Reprodução

 

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“APRENDIZADO”

 

“Quando se assinou o AI-5, o que se imaginava era que o habeas corpus seria para proteger o cidadão, não para matá-lo”, comentou Delfim na entrevista, acrescentando: “Hoje nós sabemos para onde queremos ir e aprendemos que só existe um mecanismo para administrar esse país e levá-lo ao progresso, que é o fortalecimento do processo democrático. Isso é um aprendizado”.

 

Fonte: O Antagonista

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