Mortes em deslizamento podem chegar a 670 na Papua Nova Guiné, diz ONU

O chefe da Organização Internacional para as Migrações, órgão da ONU, na Papua Nova Guiné, Serhan Aktoprak, acredita que o impacto do deslizamento de terra ocorrido na sexta-feira (24/5), na província de Enga, no norte do país, foi maior do que se pensava inicialmente. A estimativa atual é de que 670 pessoas possam ter sido soterradas na região, ante uma previsão inicial de 300 moradores do pequeno vilarejo.

“Há cerca de 150 casas soterradas”, disse Aktoprak, segundo informações da BBC. As áreas afetadas situam-se nas terras altas de Enga, a 600 quilômetros da capital Port Moresby. Aktoprak observou que as equipes de resgate enfrentam dificuldades para trabalhar na região porque a “terra ainda desliza”. “A água está correndo e isso cria um risco enorme para todos os envolvidos”, afirmou.

Cerca de 4 mil pessoas vivem na área atingida pelo deslizamento, em Papua Nova Guiné, no sudoeste do Pacífico. A organização Care Australia, uma agência humanitária, alertou, porém, que o número de afetados pode ser maior. Isso por causa do fluxo de pessoas que fogem de conflitos tribais nas áreas vizinhas.

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Pelo menos mil pessoas foram deslocadas como resultado do desastre. Aktoprak, da ONU, acrescentou que as áreas no cultivo de alimentos e as fontes de água foram quase completamente destruídas.

O deslizamento de terra ocorreu por volta das 3 horas de sexta-feira (17h00 GMT de quinta-feira, 23/5), quando era provável que as pessoas estivessem dormindo.

“Ainda não sabemos o número exato de mortes, e talvez não saibamos por algum tempo”, disse um porta-voz da Care Australia. “No entanto, o momento em que ocorreu o deslizamento sugere que o número de mortos aumentará.”

Aktoprak disse que os moradores da região empregam todos os meios para tentar resgatar as vítimas. “As pessoas estão usando paus de escavação, pás e grandes garfos agrícolas para remover os corpos enterrados no solo”, afirmou.

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Até agora, apenas seis corpos foram encontrados. Os detritos do deslizamento de terra, que incluem grandes pedras, árvores e solo deslocado, atingem até 8 metros em alguns pontos. Há apenas uma rodovia que chega à província de Enga e a Care Australia disse que destroços ocupam grandes trechos da estrada, limitando o acesso ao local do acidente. A agência AFP informou que máquinas maiores devem chegar à região neste domingo (26/5).

Fonte: Metropóles