*Por Lúcio Carril - Segundo a Bíblia, na Antiguidade Josué invadiu a cidade de Ai, matou todos seus habitantes - cerca de 12 mil pessoas, entre idosos e crianças - e a incendiou, destruindo-a totalmente. Aquele era um profeta que conduzia um povo à terra prometida.
Hoje, um outro Josué, sem missão divina e levado pela ganância, se configura como um Anjo da Morte.
Josué Neto, presidente da assembleia legislativa do Amazonas, desdenha das mortes que enlutam as familias amazonenses, ao apoiar o descaso do governo federal com o nosso estado.
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Manaus deu mais de 70% dos seus votos a Bolsonaro e hoje sofre com o abandono do seu governo durante a pandemia. O governador Wilson Lima tem se virado como pode, sozinho, para salvar a vida do nosso povo.
Josué Neto é o articulador da criação do partido de Bolsonaro no Amazonas e é corresponsável pelas mortes por coronavírus no Estado. Foi ele quem começou apoiando a história de que a pandemia se tratava apenas de uma "gripezinha", incentivando a proliferação do vírus.
Josué Neto não tem limite em sua busca tresloucada pelo poder. Enquanto morrem centenas de seres humanos, cidadãos e cidadãs de bem do Amazonas, ele se preocupa em desarticular as ações do governo do Estado de combate ao coronavírus.
O Amazonas não precisa de um "anjo da morte".
Vade retro, Josué Neto.
*Lúcio Carril é sociólogo, ex-secretário executivo da Secretaria de Política Fundiária do Estado do Amazonas, ex-delegado federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário e especialista em gestão e políticas públicas pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.