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14/02/2022

Muito além do sushi: as lições que podemos tirar da dieta oriental

Foto: Reprodução

Os países do Extremo Oriente — sub-região da Ásia que compreende parte da China, do Japão, da Coreia do Norte, da Mongólia, da Coreia do Sul e de Taiwan — têm uma cultura singular. São histórias, conceitos e costumes muito característicos. A alimentação não fica de fora. A hora de comer é quase um ritual e os ingredientes e temperos são superfuncionais.

 

Quem vê as delícias de um rodízio de comida japonesa aqui no Brasil ou algum restaurante especializado em gastronomia chinesa, geralmente com fritura no cardápio, pode não associar com tanta facilidade todo esse equilíbrio oriental. A verdade é que muitas receitas foram adaptadas, ao redor do mundo, por causa da globalização, para acompanhar o ritmo das cidades mais agitadas e se tornarem comerciais.

 

"A comida de rua nas grandes cidades do Extremo Oriente é, sim, mais pesada. Leva shoyu e a gordura das próprias preparações. Isso porque precisa ser prática e agradável para os turistas. Mas não representa, de fato, a alimentação desse povo", afirma Beatriz Rodrigues Nascimento, nutricionista esportiva e funcional, admiradora da cultura oriental.

 

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A especialista destaca que a variedade e a combinação inteligente de carboidratos, gorduras e especiarias nos pratos tradicionais ajudam na digestão. Aliás, essa é uma preocupação dos orientais. A refeição, ampla e variada, deve ser realizada tranquilamente. Degusta-se e, com atenção, sente-se o prazer de comer.

 

Outro hábito que faz bem à saúde e facilita o processo digestivo é que a refeição não costuma acompanhar líquidos, o que é o ideal, segundo Beatriz. Por causa da escolha de alimentos mais leves e porções pequenas, é normal comer várias vezes ao dia.

 

Priorizando os preparos caseiros, que tendem a ser mais saudáveis, os orientais apostam em especiarias, tanto para realçar o sabor quanto pela ação antioxidante. A ideia é valorizar o alimento no seu formato natural e fugir de elementos prontos. Quando os industrializados são usados, é preciso se atentar à interação alimentar, para garantir as propriedades de cada item e não pecar no excesso de sódio, assim como é feito nesses países.

 

Preparos típicos

 

Lá, são usados mix de ervas, seja para temperar a comida, seja na forma de chás, como gengibre e anis — esse último muito usado, no Ocidente, como decoração — e infusões poderosas. Os pratos levam muito sumo de limão. Dentre os vegetais, destaque para o rabanete e o repolho, muitas vezes, cru.

 

Um clássico oriental, o chá verde deve ser consumido sem açúcar

 

Sopas e caldos não ficam restritos aos dias friozinhos, porque podem ser servidos também frios e, por vezes, vêm acompanhados de verduras, legumes e até arroz.

 

Falando em arroz, saiba que o arroz e o feijão também têm vez na culinária oriental. Mas, claro, à maneira deles. A nutricionista explica que o arroz não é muito temperado, é feito empapado e, geralmente, associado ao consumo de peixes e cogumelos. O feijão do tipo azuki também faz parte do menu, podendo ser batido em forma de purê.

 

Alana Wang, 23 anos, é adepta de uma alimentação mais leve e atribui isso, em grande parte, ao exemplo da família chinesa. A estudante tem o costume de ingerir líquidos com as refeições, mas os pais dela, não. "Outro ponto interessante é que valorizamos muito a comida feita em fogão mesmo", conta.

 

Entre os produtos que gostam de usar em casa, estão o ajinomoto (tempero que, se traduzido, significa "essência do sabor"), tofu, macarrão e acelga, que costumam comprar em mercados japoneses. No cardápio, peixes e carne de porco são mais comuns que a carne vermelha.

 

A nutricionista Talyta Machado lembra que o consumo de peixe no Oriente se dá pela localização geográfica, a facilidade de compra e, principalmente, pela cultura. "É um hábito que está muito associado ao aspecto da ancestralidade e aos costumes das regiões rurais, tão valorizados por lá. Como vimos, nos centros globalizados, a história é outra. A comida se parece bastante com a do mundo ocidental."

 

Ainda em relação às proteínas, o uso de cogumelos e tofu, feito a partir da soja, é nutritivo e uma boa alternativa às opções animais. Talyta chama a atenção ainda para uma outra preparação: o kimchi, condimentado, com base em hortaliças, considerado a base da cozinha coreana e que faz muito bem ao intestino. E o fluxo interno do corpo agradece ainda pelo seguinte hábito oriental: o baixíssimo consumo de alimentos à base de leite, que, para muitos, pode ser inflamatório.

 

Ingredientes e propriedades

 

O gengibre é utilizado no Oriente há mais de 2.000 anos: popular pelo sabor e pelas propriedades relaxantes,  anti-inflamatórias e digestivas

 

Cominho — Vai bem em carnes, mistura de sabor forte e picante.

Noz-moscada — Pode apostar em receitas doces ou salgadas, tem ótimo teor nutricional.

Canela — Termogênico e ajuda na digestão.

Gengibre — Ótimo antioxidante.

Cúrcuma — ajuda no sistema imunológico.

 

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Para inserir no dia a dia

 

Beba chás, de forma moderada, uma a duas vezes ao dia, sem açúcar. Principalmente, o chá verde, um clássico oriental.

Busque realizar as refeições em companhia, encare-as como um momento sagrado e especial.

Que tal testar uma receita de família? A cultura oriental nos ensina a resgatar todos os símbolos associados ao alimento, como poder de cura, afeto e bem-estar.

Opte por sopas e alimentos cozidos, aliados à saúde e digestão.

 

Fonte: Correio Braziliense

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