Mulheres enfrentam obstáculos no caminho para os conselhos de Administração, revela pesquisa

 Em um mundo empresarial em constante evolução, as mulheres continuam a encontrar barreiras significativas em sua jornada para ocupar espaços nos conselhos de administração das empresas. Uma pesquisa pioneira lançou luz sobre os desafios que persistem e as dificuldades que muitas mulheres enfrentam ao buscar posições de liderança nos mais altos escalões corporativos.

Conduzida pela renomada consultoria de gestão organizacional Korn Ferry, o estudo revelou que as mulheres enfrentam uma batalha árdua, onde as dificuldades em cultivar conexões profissionais e os julgamentos tendenciosos se destacam como os principais obstáculos. Das 270 mulheres e 70 homens entrevistados, quatro em cada dez mulheres expressaram que reconsiderariam ocupar cargos nos conselhos se sentissem que suas contribuições não resultariam em mudanças tangíveis.

"Embora as mulheres tragam consigo uma gama diversificada de habilidades, capazes de transformar desafios em oportunidades, muitas vezes elas se deparam com um ambiente onde o reconhecimento de suas capacidades é limitado", observa Adriana Rosa, líder de transformação organizacional na Korn Ferry.

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O estudo identificou que 52% das entrevistadas apontaram os vieses e preconceitos arraigados como o maior entrave para a presença feminina nos conselhos. Esses vieses, muitas vezes enraizados em crenças machistas, resultam em distorções de julgamento por parte de conselheiros mais sêniores e presidentes de conselho.

Foto: Pexels

A pesquisa também destacou a falta de ações afirmativas como um fator significativo. Embora haja uma nova exigência para a inclusão de pelo menos uma mulher nos conselhos de administração, muitas empresas ainda não atendem a essa norma. Além disso, a falta de representatividade de comunidades sub-representadas, como pessoas pretas, pardas ou indígenas, membros da comunidade LGBTQIA+ e pessoas com deficiência, continua a ser uma questão crítica.

Outro desafio enfatizado foi o papel do networking. Para 25% das participantes, o networking é uma área problemática, onde práticas de exclusão e indicações tendenciosas ainda são prevalentes. O contexto social, carregado de vieses inconscientes e preconceitos, torna difícil para as mulheres construir uma rede de contatos sólida e participar de eventos de trabalho essenciais para o avanço profissional.

"O networking é um terreno desafiador para as mulheres, pois enfrentam expectativas culturais que impactam sua disponibilidade e participação em eventos importantes para o progresso na carreira", explica Adriana Rosa.

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Em um mundo onde a diversidade é reconhecida como um impulsionador fundamental do sucesso empresarial, é essencial que esses desafios sejam abordados de forma proativa. Enquanto as empresas buscam se adaptar a um ambiente cada vez mais inclusivo, é imperativo que todas as vozes, independentemente do gênero, sejam ouvidas e valorizadas nos mais altos níveis de liderança corporativa.

Fonte: CNN Brasil