06 de Maio de 2024 - Ano 10
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Mulher
20/04/2024

Mulheres indígenas lutam pela sobrevivência de seus povos e tradições

Foto: Reprodução/Internet

Não se tratam de acasos. As conquistas simbolizam um momento em que o poder feminino tomou as rédeas da luta pela sobrevivência de seus povos e tradições.

 Se as eleições de 2018 tornaram explícito o clima de ódio no Brasil, foram também o eco de uma força ancestral. Pela primeira vez, a democracia teve a presença indígena em uma chapa presidencial. O ineditismo foi abrilhantado por se tratar de uma mulher, Sonia Guajajara. Seria uma conquista imensurável, não fosse a que veio se somar no final do pleito. Joênia Wapixana se tornou a primeira mulher indígena eleita deputada federal.

 

Não se tratam de acasos. As conquistas simbolizam um momento em que o poder feminino tomou as rédeas da luta pela sobrevivência de seus povos e tradições. Em vários cantos do país, não param de aparecer novas caciques e vozes-potência do movimento indígena.

 

Contudo, esta é apenas uma faceta de sua importância no contexto dos povos da floresta. São elas as guardiãs dos saberes milenares, da língua à espiritualidade, do artesanato à colheita. Sem os saberes acumulados e transmitidos pelas mulheres, é impossível pensar em cultura indígena.

 

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Fora a luta para garantir a sobrevivência de suas comunidades e superar barreiras dentro das aldeias, elas vêm lidando com desafios novos e cada vez maiores. O domínio dos ciclos da natureza, que guia os modos de vida indígena, vê-se desafiado por oscilações climáticas bruscas. Por sua vez, o interesse dos jovens pela cultura compete com as distrações dos brancos.

 

 

O ensaio fotográfico a seguir, produzido pelas lentes de Renato Soares, expõe toda a força, encanto e dureza do universo feminino indígena. Um texto de autoria do fotógrafo sobre o ritual Yamurikumã, pano de fundo de algumas das imagens apresentadas, recria a potência mística da ancestralidade.

 

 

“Numa expedição de 1535 o navegador Francisco de Orellana, penetrou pela foz do rio Orinoco. No medio Amazonas teve um encontro com mulheres guerreiras que atacaram sua embarcação. Conforme consta da Relación de frei Gaspar de Carvajal, a viagem empreendida por Orellana pelo maior rio do mundo ajudou recriar a lenda das mulheres guerreiras, as amazonas da mitologia grega clássica.

 

 

O rio ainda era chamado de Rio Grande, Mar Dulce ou Rio da Canela, por causa das grandes árvores de canela que existiam ali. A belicosa vitória das icamiabas contra os invasores espanhóis foi tamanha que o fato foi narrado ao rei Carlos V, o qual, inspirado nas antigas guerreiras hititas ou amazonas, batizou o rio de Amazonas.

 

Fotos: Reprodução/Internet

 

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Certamente Orellana e Carvajal tiveram um encontro com uma aldeia em dia de Yamurikumã. Ritual onde as mulheres tomam os pertences dos homens como cocares de penas, lanças, flechas, bracadeiras e entoam cantos onde provocam os homens. Nestes dias a aldeia ganha um novo ritmo dominado pelo universo feminino”.

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