Museu do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, em imagem do dia 7 de setembro de 2022
Muitos visitantes que vão até o Museu do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, se impressionam com a arquitetura do edifício e a imponência de seus ambientes. Por isso, criou-se, no imaginário popular, a ideia de que a construção teria sido um palácio real, no qual teria vivido o monarca Dom Pedro I e até mesmo o filho dele, Dom Pedro II.
Mas isso não é verdade. Os imperadores do Brasil nunca moraram no museu. O especial “Mistérios de São Paulo”, do "Antena Paulista", detalha essa história.
“Essa é uma confusão frequente nos visitantes porque, afinal de contas, esse é o lugar de comemoração da Independência do nosso país, mas ele (o imperador) na verdade morava no Rio de Janeiro. Dom Pedro I faleceu na década de 1830 e esse prédio foi construído na década de 1880, mais de 50 anos depois”, conta Paulo Garcez Marins, historiador e curador no Museu do Ipiranga.
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Há versões da mesma lenda urbana que colocam Dom Pedro II como o suposto morador do edifício, mas isso também não procede.
“Dom Pedro II também morava no Rio, no Palácio da Quinta da Boa Vista. E, no verão, ele subia com a família para o Palácio de Petrópolis, que era uma residência privada dele”, explica o historiador.
Uma das curiosidades do museu é que ele começou a ser construído na época do Império, mas só foi finalizado no período da República.
A construção ocorreu entre 1885 e 1890, sendo o primeiro grande prédio de tijolos de São Paulo. A inauguração oficial foi no dia 7 de setembro de 1895 e, desde o princípio, o museu foi pensado dessa maneira, como um monumento à Independência.
A localização não é o ponto exato do grito do Ipiranga, mas no alto da colina que havia ali há séculos, com o objetivo de torná-lo visível de longe por quem passa na região.
Apesar de não ter servido como moradia real, o lugar sempre foi muito procurado e milhões de pessoas já passaram por ali ao longo de sua história.
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“Nós somos um lugar de memória da Independência, da própria família imperial e, sobretudo, da sociedade brasileira”, pontua Paulo Garcez Marins.
Fonte: G1