26 de Abril de 2024 - Ano 10
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01/07/2021

Na CPI, Dominguetti diz que pode ter sido induzido a erro em áudio de Luis Miranda. OUÇA

Foto: Reprodução

Dominguetti sobre áudio: ‘Eu não sei ao certo qual era a tratativa comercial que era feita ali’

Ao prestar depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira (1º), o policial militar Luiz Paulo Dominguetti voltou atrás e disse que pode ter sido induzido a erro ao tentar relacionar um áudio, exibido por ele durante a sessão, a um suposto envolvimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF) na negociação de vacinas.

 

Dominguetti se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply e foi ouvido porque afirma ter recebido um pedido de propina de um ex-diretor do Ministério da Saúde. No depoimento, ele exibiu uma gravação que, segundo o depoente, mostraria Miranda tratando da negociação de imunizantes.

 

No áudio, Miranda cita a palavra "irmão". Dominguetti disse ter entendido que seria uma referência ao irmão do deputado, Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde que afirma ter informado o presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas de irregularidades nas negociações para aquisição da Covaxin, vacina contra a Covid-19 produzida na Índia.

 

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O áudio, porém, foi questionado pelos senadores após a exibição. Isso porque não é mencionada a palavra "vacina". O celular de Dominguetti foi apreendido pela CPI. Segundo o policial, a gravação foi repassada a ele por Christiano Carvalho, da Davati.

 

Indagado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) se pode, então, ter sido induzido a erro, Dominguetti confirmou.

 

Alessandro Vieira perguntou: "O senhor seguramente é a única pessoa até o momento neste país que ouviu aquele áudio e conseguiu identificar referência ao irmão do deputado. [...] O senhor alega que foi induzido ao erro?".

 

Dominguetti, então, respondeu: "Isso. A minha interpretação da mensagem não muda contextualização do áudio, a prova. A perícia vai provar que recebi áudio do Christiano."

 

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) insistiu na questão e, mais uma vez, Dominguetti disse que pode ter sido induzido.

 

"Eu recebi o áudio e acreditei no áudio de boa-fé. Me foi postado e induzido a acreditar que eram vinculados, que eram postagens próximas, uma embaixo da outra, dando a entender a mim que eram vinculados ao mesmo fato. A forma que eu recebi o áudio, que ela sugeria, uma ligação, que eram as mesmas tratativas", afirmou Luiz Paulo Dominguetti.

 

Ele acrescentou ter recebido o áudio depois do depoimento de Luis Miranda à CPI da Covid, prestado na última sexta-feira (25).

 

Na sequência, Simone Tebet disse ter dúvidas sobre qual "papel" Dominguetti está desempenhando na CPI. "Se de alguma forma o senhor estiver aqui por outros interesses, ou plantado por quem quer que seja, lamento mas pode gerar a sua demissão [da PM] a bem do serviço público", disse a emedebista.

 

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Diante das respostas de Dominguetti, Alessandro Vieira defendeu a prisão do depoente por "falso testemunho" à comissão. Em resposta, Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, disse que não tomaria a medida, em respeito à família do policial militar.

 

 

Fonte: G1

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