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Na falta de residências médicas, cursos de especialização crescem e preocupam
Foto: Reprodução

Enquanto isso, a oferta de residências médicas teve aumento tímido nos últimos anos, passando de 22,1 mil em 2018 para 24,2 mil em 2024

Com o número de faculdades de medicina crescendo em ritmo maior do que o de vagas em residências médicas, tem aumentado no mercado a oferta de cursos de especialização a recém-formados como alternativa para quem quer seguir uma especialidade. A proliferação desse tipo de pós-graduação, contudo, tem despertado preocupação entre representantes do setor, que veem falta de controle quanto à qualidade e à função desses programas.

 

A Demografia Médica no Brasil 2025, elaborada em parceria entre o Ministério da Saúde, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e a Associação Médica Brasileira (AMB), evidenciou que o crescimento acelerado da graduação em medicina no Brasil, sobretudo na rede privada, não foi acompanhado por um aumento proporcional de vagas em residência médica — o principal meio de formação de especialistas.

 

Nos últimos dez anos, o número de vagas autorizadas em cursos de medicina mais do que dobrou, indo de 23,5 mil em 2014 para 48,4 mil em 2024. A rede privada concentrou cerca de 80% (38,4 mil) do total de vagas na área no ano passado. Enquanto isso, a oferta de residências médicas teve aumento tímido nos últimos anos, passando de 22,1 mil em 2018 para 24,2 mil em 2024.

 

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Em 2020, havia 13,7 mil vagas para 20,3 mil formados. Em 2024, o descompasso aumentou: foram 16,1 mil vagas de acesso direto para 32,6 mil graduados. Além disso, a maioria dos residentes (62%) estava concentrada nas capitais.

 

Sem conseguir uma vaga na residência, muitos recém-formados optam por cursos de pós-graduação médica. Contudo, apesar de oferecerem capacitação profissional, esses cursos não conferem o título de especialista, que só é reconhecido por duas vias: a residência médica credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), vinculada ao MEC, ou aprovação em exame realizado por sociedades de especialidade filiadas à AMB.

 

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Em 2024, segundo a Demografia Médica, o país já contava com 2,1 mil cursos de especialização médica, quase metade do número total de programas de residência no mesmo ano. Do total, 41,2% são ofertados integralmente à distância, e outros 11,1% em formato semipresencial. Procurados para tratar do aumento desses cursos, os ministérios da Saúde e da Educação não comentaram. 

 

Fonte: O Globo

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