Horas após uma operação militar que matou mais de 400 palestinos, Benjamin Netanyahu prometeu continuar ataques contra a Faixa de Gaza
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sinalizou que a Faixa de Gaza continuará sofrendo ataques após a recente ofensiva, que deixou mais de 400 palestinos mortos em um único dia. A declaração do premiê aconteceu nesta terça-feira (18/3).
O cessar-fogo entre Israel e Hamas entrou em vigor no dia 19 de janeiro de 2025. Segundo as negociações, mediadas pelo Catar, EUA e Egito, o plano de paz seria dividido em três partes. Na primeira delas, 33 reféns israelenses foram libertados pelo Hamas, em troca de cerca de 1,9 mil prisioneiros palestinos.
A segunda etapa do cessar-fogo passaria a ser negociada a partir de março, depois da conclusão da primeira-fase. O governo de Israel, contudo, não cumpriu o que já havia sido acordado e exigiu uma extensão da primeira-fase do cessar-fogo, assim como a libertação de todos os reféns que ainda estão em Gaza.
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A estimativa é de que 59 pessoas ainda estejam sob o domínio do grupo extremista, entre mortos e vivos.
No pronunciamento, Netanyahu disse que o Hamas é o responsável pela guerra. Ele ainda acusou o grupo palestino de recusar a oferta de estender a primeira-fase do cessar-fogo, e libertar o restante dos reféns israelenses que ainda estão na Faixa de Gaza.
Por isso, o premiê israelense prometeu que as Forças de Defesa de Israel (FDI) vão continuar lutando. “Então, quero assegurar a todos os nossos amigos ao redor do mundo: Israel lutará e Israel vencerá. Traremos nosso povo para casa e destruiremos o Hamas”, disse Netanyahu. “Não desistiremos até atingirmos todos esses objetivos vitais e não descansaremos até darmos ao nosso país um futuro de paz, prosperidade e esperança”.
A recente operação militar no enclave palestino, que já matou 413 pessoas, entre elas crianças, aconteceu em meio a um impasse sobre a continuidade do cessar-fogo entre Israel e Hamas.
De acordo com o Hamas, seis funcionários do governo que comanda Gaza estão entre as vítimas fatais dos bombardeios. Dividido em três partes, o plano inicial previa o início das negociações da segunda-fase do plano em 1º de março, quando a primeira etapa do cessar-fogo chegou ao fim.
O Hamas queria avançar nas negociações para a fase dois, onde Israel retiraria suas tropas de Gaza e todos os reféns vivos no enclave seriam libertados. O governo de Netanyahu, contudo, buscou estender a primeira-fase do plano, e exigiu a libertação dos cativos, sem dar quaisquer garantias de que retiraria os militares do território palestino.
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Depois de o grupo palestino não aceitar a renovação, Israel cortou a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e voltou a atacar a região.
Fonte: Metrópoles