Relatos de abusos sexuais que teriam sido cometidos pelo pastor Anderson do Carmo serão levados pela defesa de Flordelis dos Santos de Souza ao seu julgamento, marcado para 6 de junho. A pastora é acusada de ser a mandante da morte de Anderson, seu marido . Duas netas e uma filha da ex-deputada, que afirmam ter sido vítimas do pastor, darão seus relatos durante o júri. Em entrevista exclusiva ao EXTRA , elas revelam detalhes dos episódios. As três foram convocadas a depor pelos advogados de Flordelis, que também defendem dois dos filhos da pastora, André Luiz e Marzy Teixeira, além da neta Rayane dos Santos.
As duas netas que acusam o pastor — Rafaela dos Santos Oliveira, de 21 anos, e Lorrane dos Santos Oliveira, de 26 — são filhas de André Luiz e de Simone dos Santos Rodrigues, que confessou ter planejado a morte de Anderson após o padrasto ter abusado dela. Ambos estão presos e vão a julgamento no próximo mês.
Rafaela afirma ter sido estuprada por Anderson há cerca de cinco anos, quando ainda era menor de idade, enquanto dormia na casa da família em Niterói. A jovem relata que acordou com o avô tocando suas partes íntimas, e afirma que ele introduziu o dedo em sua vagina. Rafaela diz que, por ter o sono muito pesado, não sabe ao certo tudo o que Anderson fez.
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"Não sei o que ele fez comigo enquanto eu estava dormindo. Estava de short largo e lembro da mão dele nas minhas partes íntimas. Acordei e a cama estava meio molhada, mas não sei exatamente o que aconteceu."
Ainda de acordo com Rafaela, Anderson foi surpreendido pela mãe dela, Simone, que não chegou a ver o que o padrasto fazia, mas o flagrou sentado na cama da filha. A jovem afirma que não teve coragem de contar para a mãe o que teria acontecido.
Rafaela conta que começou a sofrer retaliações de Anderson e que, a partir de então, passou a notar o comportamento do pastor com outras jovens da casa. Ela diz que não contou sobre o episódio para ninguém — incluindo os pais e a avó, Flordelis — até a morte do avô. Após o crime, revelou o que teria acontecido. Sobre o fato de não ter exposto o caso publicamente ou à polícia até hoje, Rafaela alega que não conseguia falar sobre o episódio.
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"Sempre falei para minha avó que eu não queria que fosse exposto (o abuso). Mas começaram a criar uma imagem dele (Anderson), de que era um cara ótimo, protetor da família, que minha avó castigava todo mundo e ele era um herói", afirma.
Fonte: iG