03 de Maio de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Curiosidade
23/09/2022

O primeiro acidente de carro no brasil foi a 4 km/h

Foto: Reprodução

Foi no início da década de 1920, que o estado de São Paulo recebeu as primeiras filiais das fábricas da Ford e General Motors, se tornando o primeiro lugar do Brasil a começar a impulsionar a indústria automotiva que já ganhava forçava nos Estados Unidos.

 

Antes disso, Alberto Santos Dumont, o pai da aviação, já havia circulado pelas ruas brasileiras com um veículo movido a gasolina, no final do século XIX. Era um modelo Peugeot Type 3 Vis-a-Vis, conhecido na França como Peugeot Voiturette.

 

Entre 1920 e 1939, o número de carros em São Paulo foi de 5 mil para 43 mil, sendo que o país ainda nem havia começado sua era de transformações vitais que impulsionaram o Brasil para a modernidade.

 

Veja também

 

Rainha Vitória, a maior traficante de drogas da história

 

Múmia da Rainha Nefertiti pode ter sido encontrada. CONFIRA

 

Se você imaginou que foi durante esse período que aconteceu o primeiro acidente de carro no Brasil, bem, está enganado.

 

O  CARRO DO FUTURO

 

Atualmente, existe quase 60 milhões de automóveis registrados no Brasil, conforme os dados da Secretaria Nacional de Trânsito do Ministério da Infraestrutura, mas a frota total está estimada em mais de 100 milhões. Apesar de todas as leis e restrições, esse número acaba sendo proporcional ao de acidentes, que subiu de 63.548 em 2020, para 64.441 em 2022.

 

(Fonte: Autoentusiastas/Reprodução)

 

Mas acidentes automobilísticos são crônicas diárias na história do Brasil desde 1897, quando a velocidade de um veículo motorizado a vapor não ultrapassava 4 km/h. O primeiro acidente aconteceu no Rio de Janeiro, em uma época em que nem sequer havia ruas asfaltadas, e envolveu o influente poeta Olavo Bilac, membro e fundador da Academia Brasileira de Letras.

 

Olavo Bilac. (Fonte: Brasil Escola/Reprodução)

 

Na ocasião, ele guiava um Serpollet, inventado pelo francês Léon Serpollet, feito de uma tecnologia considerada "novidade" na Europa, por carregar um tipo de caldeira menor e mais controlável que movia o veículo com a produção de vapor.

 

O veículo chegou ao Brasil pelas mãos de José do Patrocínio, amigo de Bilac, que panfletou o carro como "um veículo do futuro". Para o homem, o carro foi o anunciava um futuro inevitável: a morte dos tílburis e até da estrada de ferro. As pessoas ficaram escandalizadas com o Serpollet, mas só Bilac teve a honra de ser convidado não apenas para dar uma volta, mas para dirigi-lo.

 

A  BATIDA

 

Com Patrocínio sentado ao banco do carona, à esquerda, Bilac assumiu a direção sem nunca ter tido contato com um automóvel, e em uma era que não era preciso nenhum tipo de licença ou autoescola. Tudo o que o poeta recebeu foram as instruções de Patrocínio sobre como a invenção funcionava, e assim eles partiram de Botafogo rumo à Estrada Velha da Tijuca, no Alto da Boa Vista.

 

(Fonte: São Paulo Antiga/Reprodução)

Fotos: Reprodução

 

Mas antes mesmo da primeira curva, quando o Serpollet já havia atingido o auge de sua velocidade, os meros 4 km/h, Bilac perdeu o controle e, lentamente, foi em direção a árvore mais próxima. O impacto não machucou nenhum dos passageiros, porém foi o suficiente para destruir o carro.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram.

Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram

 

Demorou até 1906 para que o público soubesse da história marcante, descrita no jornal Correio da Manhã. Nele, o desfecho foi esperado: o carro caríssimo e inovador foi parar em um ferro-velho, após ser guinchado do local onde se desmontou. O automóvel ficou encostado e serviu de abrigo até mesmo para as galinhas antes de encontrar seu destino.

 

Fonte: Mega Curioso

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.