20 de Maio de 2024 - Ano 10
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Internacional
25/03/2024

O que se sabe sobre ataque que deixou mais de cem mortos na Rússia; Putin diz que autores estão presos

Foto: Reprodução

Policial russo diante da casa de shows conectada a shopping que foi alvo de ataque na última sexta-feira

Um ataque com armas de fogo em uma casa de shows na região de Moscou, na Rússia, deixou dezenas de mortos e feridos na sexta-feira (22/3).Pelo menos 137 pessoas foram mortas e mais de 140 ficaram feridas no ataque, segundo o FSB (serviço russo de segurança). Não há nenhum registro de brasileiros entre as vítimas.

 

O atentado foi reivindicado pelo grupo extremista autodenominado Estado Islâmico — que publicou um vídeo como evidência. No domingo (24/3), quatro homens presos pelas autoridades russas foram acusados formalmente de cometer ato de terrorismo (mais detalhes abaixo).

 

Um grupo de pelo menos quatro pessoas armadas, com uniformes táticos, efetuou disparos na casa de shows Crocus City Hall, enquanto as pessoas aguardavam uma apresentação da banda de rock russa Picnic.Em pronunciamento no sábado (23/3), Putin anunciou que domingo seria um dia oficial de luto — e prometeu punir os responsáveis pelo ataque. Ele afirmou que todos os perpetradores já haviam sido encontrados e detidos.

  

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Putin também declarou que eles tentaram escapar em direção à Ucrânia (algo que Kiev nega), e que a segurança do país foi reforçada em resposta.Chamando o episódio de sexta-feira de "ato terrorista bárbaro", ele declarou que "nossos inimigos não vão nos dividir". Vídeos gravados no local do show em Krasnogorsk, subúrbio de Moscou, mostram pelo menos quatro pessoas atirando indiscriminadamente contra o público, que gritava e tentava fugir.

 

Entre os feridos no tiroteio estavam crianças, segundo uma autoridade local de Moscou em entrevista a uma agência de notícias russa. Elas estavam participando de uma competição de dança de salão quanto o tiroteio começou. Os pais desses jovens também estavam no local.Várias explosões foram ouvidas e houve um grande incêndio no prédio, o que causou o desabamento de parte do telhado próximo ao local.O fogo tomou conta do telhado e da fachada do shopping e fumaça e chamas eram visíveis no horizonte do centro de Krasnogorsk.

 

Muitas vítimas morreram dos ferimentos a balas, enquanto outras, pela inalação de fumaça tóxica.Cerca de 100 pessoas teriam sido resgatadas no topo do centro comercial, segundo autoridades envolvidas no resgate.

 

Um vídeo obtido pela agência de notícias Reuters mostrava um grande incêndio e fumaça saindo do salão onde ocorreu o ataque.Diversos grupos de forças especiais russos entraram no local. Os quatro homens presos e acusados de ato de terrorismo foram identificados pelas autoridades russas como: Dalerdzhon Mirzoyev, Saidakrami Murodali Rachabalizoda, Shamsidin Fariduni e Muhammadsobir Fayzov.

 

Os homens identificados como Dalerdzhon Mirzoyev (à esquerda) e Saidakrami Murodali Rachabalizoda

Os homens identificados como Dalerdzhon Mirzoyev

(à esquerda) e Saidakrami Murodali Rachabalizoda

(Foto: Reprodução)

 

Eles foram presos na região de Bryansk, a cerca de 400 km de Moscou, aproximadamente 14 horas após o ataque.O FSB disse que os agressores abriram fogo durante a tentativa de prisão e foram “neutralizados pelo fogo rival”, mas poucos detalhes foram fornecidos sobre esse caso.

 

O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque em seu canal no Telegram — e divulgou imagens dos agressores atirando contra a multidão dentro da casa de shows. O vídeo foi verificado como genuíno pela BBC.

 

No entanto, nenhuma autoridade russa reconheceu a alegação, sugerindo — sem provas — que os agressores estavam sendo ajudados pela Ucrânia.O FSB, serviço de inteligência russo, emitiu um comunicado afirmando que os responsáveis pelo ataque estavam planejando cruzar a fronteira com a Ucrânia e que teriam "contatos" no lado ucraniano.A Ucrânia reagiu dizendo que essa informação é "absurda". E negou qualquer envolvimento no episódio.

 

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Sarah Rainsford, correspondente da BBC em Kiev, conversou com Andriy Yusov, porta-voz da inteligência ucraniana, que afirmou que a fronteira entre os dois países está "repleta de militares e membros de serviços especiais. (...) É uma linha de frente (da guerra). Sugerir que os suspeitos rumavam para a Ucrânia é sugerir que eles são estúpidos ou suicidas". Rainsford explica que, em Kiev, existe o temor de que a Rússia use o episódio de sexta-feira para escalonar ainda mais a guerra na Ucrânia. 

 

Fonte: O Globo

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