30 de Abril de 2024 - Ano 10
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20/03/2024

O TikTok é mesmo um perigo para o Ocidente?

Foto: Reprodução

A China criticou um projeto de lei em tramitação no Congresso americano que pode acabar proibindo o TikTok nos Estados Unidos, chamando o mesmo de injusto

A China criticou um projeto de lei em tramitação no Congresso americano que pode acabar proibindo o TikTok nos Estados Unidos, chamando o mesmo de injusto.

 

É a iniciativa mais recente para fazer frente a uma discussão que dura anos sobre os riscos de segurança do aplicativo que pertence a uma empresa chinesa.Autoridades, políticos e equipes de segurança em vários países ocidentais foram proibidos de instalar o Tiktok em seus telefones de trabalho.

 

Mais quais são as três grandes preocupações de segurança cibernética em relação ao aplicativo? E como a empresa responde a elas? Os críticos frequentemente acusam o TikTok de coletar grandes quantidades de dados. Um relatório de segurança cibernética publicado em julho de 2022 por pesquisadores da Internet 2.0, uma empresa cibernética australiana, é geralmente citado como evidência. Os pesquisadores estudaram o código-fonte do aplicativo — e informaram que ele realiza "coleta excessiva de dados".

  

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Analistas afirmam que o TikTok coleta detalhes como localização, que dispositivo específico está sendo usado e que outros aplicativos há nele.No entanto, um teste semelhante conduzido pelo Citizen Lab concluiu que "em comparação com outras plataformas populares de rede social, o TikTok coleta tipos semelhantes de dados para monitorar o comportamento do usuário".

 

Da mesma forma, um relatório do Instituto de Tecnologia da Geórgia, do ano passado, concluiu que "o principal fato aqui é que a maioria das outras redes sociais e aplicativos fazem as mesmas coisas".Embora isso irrite os especialistas em privacidade, a maioria de nós aceita que entregar grandes quantidades de dados privados é parte do acordo que fazemos com as redes sociais.

 

Em troca dos serviços gratuitos, eles coletam conhecimento sobre a gente, e utilizam o mesmo para vender publicidade na sua plataforma — ou vendem os nossos dados para outras empresas que tentam fazer propaganda para a gente em outro lugar na internet.

 

Logo do Douyin

 

O problema que os críticos têm com o TikTok é que o mesmo é propriedade da empresa de tecnologia ByteDance, com sede em Pequim, na China — o que faz dele o único aplicativo popular que não é americano.Facebook, Instagram, Snapchat e YouTube, por exemplo, coletam quantidades semelhantes de dados, mas são empresas fundadas nos EUA.

 

Durante anos, legisladores dos EUA, assim como a maior parte do resto do mundo, adotaram uma certa confiança: que os dados coletados por estas plataformas não vão ser utilizados para razões nefastas que possam colocar em risco a segurança nacional.

 

Um decreto assinado em 2020 pelo então presidente americano, Donald Trump, alegou que a coleta de dados pelo TikTok poderia potencialmente permitir à China "rastrear a localização de funcionários públicos e terceirizados, criar dossiês de informações pessoais para chantagem e realizar espionagem comercial". Até agora, as evidências apontam que este é apenas um risco teórico — mas os temores são alimentados por uma lei chinesa vaga aprovada em 2017.

 

Fachada do prédio da ByteDance

 Fotos: Reprodução

 

O artigo sete da Lei Nacional de Inteligência da China afirma que todas as organizações e cidadãos chineses devem "apoiar, ajudar e cooperar" com os esforços de inteligência do país.Esta frase é frequentemente citada por pessoas que suspeitam não apenas do TikTok, mas de todas as empresas chinesas.

 

Mas os pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia argumentam que esta frase foi retirada de contexto — e observam que a lei também inclui ressalvas que protegem os direitos dos usuários e das empresas privadas.

 

Desde 2020, os executivos do TikTok têm tentado repetidamente tranquilizar as pessoas de que os funcionários chineses não podem acessar os dados de usuários que não são chineses. Mas, em 2022, a ByteDance admitiu que vários dos seus funcionários baseados em Pequim acessaram os dados de pelo menos dois jornalistas nos EUA e no Reino Unido para rastrear suas localizações e verificar se estavam se encontrando com funcionários do TikTok suspeitos de vazar informações para a imprensa. A porta-voz do TikTok afirma que os funcionários que acessaram os dados foram demitidos.

 

A empresa insiste que os dados dos usuários nunca foram armazenados na China —e está construindo data centers no Texas para processar os dados dos usuários dos EUA, e em locais na Europa para os dados dos cidadãos europeus.

 

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Na União Europeia, a empresa também foi muito mais longe do que qualquer outra rede social — e recrutou uma empresa independente de segurança cibernética para supervisionar toda a utilização de dados nas suas instalações europeias. O TikTok afirma que "dados dos nossos usuários europeus são preservados em um ambiente de proteção especialmente concebido — e só podem ser acessados por funcionários autorizados, sujeitos a uma supervisão e verificação rigorosa e independente". 

 

Fonte: BBC

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