OPINIÃO: A luta agora é para derrotar a direita fascista e corrupta que está no governo

* Por Lúcio Carril -É lamentável ainda ter gente no campo democrático-popular que não entendeu ou não reconhece a gravidade por qual passa o Brasil.

A democracia ameaçada e violentada, a fome e o abandono social aumentando todos os dias, corrupção campeando no governo, direitos saindo pelo ralo, a maior inflação em 28 anos... e por aí vai. Ou seja, nós não estamos numa situação que possa acomodar desejos puros ou mesmo sonhos acalentados.

A tarefa agora é ganhar a eleição, derrotar os fascistas corruptos e reconstruir o Brasil. Isto não é uma missão só da esquerda. Envolve setores liberais e até mesmo a direita nacionalista, que não vê no demonte do Estado uma alternativa de desenvolvimento.

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Para se ter uma ideia da gravidade do problema brasileiro, a extrema direita acabou com a CLT e a aposentadoria, duas conquistas de décadas.

Em vez de avançarmos para conquistas trabalhistas atuais, vamos ter que nos prender ao resgate de direitos da primeira metade do século XX. Isto em pleno 2023.

Não dá pra ficar fazendo beicinho com Alckmin ou com qualquer liberal que tope o projeto de reconstrução do Brasil.

Virar a cara é ajudar a extrema direita fascista ganhar a eleição.

Vamos ter que engolir muita coisa azeda, até mesmo chuchu estragado, para recuperar o mínimo de qualidade de vida do nosso povo. Quem passa fome, e hoje são mais de 20 milhões, não quer saber se a aliança é boa ou não. Quer mesmo é que Lula volte a governar e garanta aquelas três refeições diárias, como no seu primeiro mandado.

Não esqueçamos, também, que mais da metade da população brasileira só faz uma refeição por dia. É o que chamamos de insegurança alimentar.

Por comida, democracia e cultura, precisamos derrotar o traste e sua corja. 

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*Lúcio Carril é sociólogo, ex-secretário executivo da Secretaria de Política Fundiária do Estado do Amazonas, ex-delegado federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário e especialista em gestão e políticas públicas pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.