Setor estima que uma pedra da vesícula do boi pode valer até US$ 4 mil (cerca de R$ 22,2 mil), dependendo do tamanho e da pureza
No Brasil, as pedras formadas na vesícula biliar dos bois costumam ser descartadas, mas na China elas são consideradas um verdadeiro tesouro. Utilizados há séculos na medicina tradicional, esses cálculos podem valer mais que a própria carne do animal.
O interesse crescente por esses cálculos biliares, apelidados de “ouro bovino”, movimenta um mercado milionário e desperta a atenção de contrabandistas.
Na China, as pedras de vesícula de boi, chamadas de niu-huang, são associadas a propriedades sedativas, antitóxicas e neuroprotetoras. Elas são usadas na composição de remédios tradicionais, como o Angong Niuhuang Wan, usado em casos de acidente vascular cerebral (AVCs), convulsões e febres intensas, por exemplo.
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Um estudo feito por pesquisadores chineses e publicado em janeiro na revista Frontiers in Pharmacology destacou o uso dessas pedras em tratamentos para distúrbios neurológicos, ressaltando seu papel na medicina tradicional em situações de urgência.
Segundo estimativas do setor, uma pedra pode valer entre US$ 1,7 mil e US$ 4 mil (cerca de R$ 9,5 mil a R$ 22,2 mil), dependendo do tamanho e da pureza. Em muitos casos, esses valores superam o preço total da carne de um boi.
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Mas essas pedras são raras e aparecem em menos de 1% dos animais abatidos. No Brasil, país com o maior rebanho bovino do mundo, a demanda internacional fez surgir um comércio paralelo, muitas vezes ilegal.
Fonte: Terra