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10/10/2023

Outubro Rosa: saiba quando cirurgia de reconstrução da mama deve ser feita

Foto: Reprodução

Nos casos de câncer em que é preciso a retirada total ou parcial da mama, a paciente pode realizar procedimentos para reconstrução do seio

Estamos no Outubro Rosa, campanha de prevenção e combate ao câncer de mama. A neoplasia, aliás, é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a possibilidade de uma mulher apresentar câncer de mama durante a vida é de 12,5%. Ou seja, uma em cada oito mulheres desenvolverá a enfermidade ao longo de suas vidas.


“O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. O sintoma mais comum é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos”, explica o cirurgião plástico Dr. Josué Montedonio membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

 

Segundo o médico, a incidência do câncer de mama tende a crescer a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade por essa neoplasia. “Mas, embora seja em menor proporção, ela também pode acometer mulheres mais jovens”, alerta.

 

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Atualmente, as mulheres mais velhas, principalmente com mais de 50 anos de idade, têm maior risco de desenvolver esse câncer. Isso acontece devido às exposições ao longo da vida ao sedentarismo, ao tabagismo, à obesidade (câncer de mama e alimentação), ao consumo excessivo de álcool, que provocam mutações genéticas e mudanças biológicas do próprio envelhecimento, o que, de uma forma geral, aumentam esses riscos.

 

“Um percentual menor pode ocorrer em mulheres com menos de 40 anos de idade, mais frequentemente associado com a hereditariedade quando comparado a mulheres mais velhas”, acrescenta o médico. Além disso, o Dr. Josué afirma ainda que é possível diagnosticar o câncer de mama em estágio inicial, o que aumenta consideravelmente as chances de cura. “O diagnóstico precoce também permite tratamentos menos agressivos”, diz.

 

O cirurgião plástico explica que a reconstrução mamária se dá quando não for possível a preservação do tecido mamário. “Alguns tipos de câncer de mama possibilitam tratamentos com medicamentos e tratamentos, como a quimioterapia ou radioterapia, e não necessariamente precisam ser casos cirúrgicos. Mas, quando é cirúrgico e for uma cirurgia mais limitada que preserve a mama, não existe necessidade de reconstrução”, afirma.

 

Por isso, o procedimento é necessário quando existe uma mastectomia. Isto é, uma retirada grande de tecido mamário, como por inteiro, parte da mama ou até mesmo de tecidos adjacentes, que podem envolver o músculo, aréola ou mamilo.

 

A reconstrução da mama pode ser feita de duas formas, explica Josué. Primeiro, existe a possibilidade de aproveitar os próprios tecidos da paciente, como parte da gordura abdominal ou o tecido das costas para preencher o espaço que foi retirado.

 

“A segunda forma se trata de elementos externos, como a própria prótese de silicone e expansores. Existem várias técnicas de cirurgia plástica que tentam restaurar a mama considerando-se a forma, a aparência e o tamanho após a mastectomia”, diz o especialista.

 

Vale destacar que hoje a reconstrução da mama tem garantia pela Lei Federal nº 12 802, de 2013, para todas as mulheres. A paciente pode recorrer ao SUS (Sistema Único de Saúde) ou plano de saúde para o procedimento garantido por lei.

 

O especialista afirma que é possível fazer o procedimento de maneira imediata, simultâneo a mastectomia para o tratamento de câncer. Porém, a cirurgia também pode ser feita de forma tardia. A escolha depende do tipo, do estágio, e das necessidades de tratamentos complementares do câncer.

 

“No mesmo tempo da mastectomia, a decisão traz mais benefícios por conta de todos os aspectos psicológicos da mulher, o que envolve uma redução do sentimento de mutilação, ou daquela sensação de que foi tirado algo dela”, explica o médico.

 

Conforme o especialista, durante um tempo, houve questões acerca da segurança da reconstrução da mama simultânea com a mastectomia. Porém, estudos comprovam a eficácia do procedimento desde que seja feita a ressecção do tumor com uma margem de segurança ampla. Ainda assim, é muito importante avaliar todos os aspectos sistêmicos, funcionais, principalmente psicológicos nas mulheres por conta do câncer.

 

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A reconstrução da mama é um procedimento físico e emocionalmente gratificante para uma mulher que perdeu a mama devido ao câncer ou a outra situação, destaca o cirurgião plástico. “Uma nova mama pode melhorar radicalmente a autoestima, autoconfiança e a qualidade de vida”, ressalta o Dr. Josué Montedonio.  

 

Fonte: Metrópoles

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