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25/06/2021

Pabllo Vittar exalta tecnobrega e forró em 'Batidão Tropical': 'É a minha vida ali em música'

Foto: Reprodução

4º álbum traz ritmos que marcaram infância e adolescência da cantora no Maranhão e Pará com regravações e músicas inéditas. Veja entrevista em VÍDEO.

"É como se eu pegasse o Norte e Nordeste, colocasse em um pedestal e mostrasse para o Brasil e o mundo verem o tanto que é rico e plural". É assim que Pabllo Vittar explica seu objetivo com "Batidão Tropical".

 

Lançado na noite desta quinta-feira (24), o quarto disco da cantora de 27 anos resgata músicas e ritmos que fizeram parte de sua infância e adolescência.

 

Das noves faixas de forró e tecnobrega, "Ama Sofre Chora", "Triste com T" e "A Lua" são inéditas e as outras seis são regravações das bandas Companhia do Calypso, Ravelly e Batidão.

 

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"Queria de alguma forma exaltar realmente a minha origem, a minha cultura, o Maranhão, o Pará e todas as adjacências que consomem essa cultura", afirma Pabllo.


"Tenho um repertório de tecnobrega que escuto até hoje para malhar, para pensar, para ouvir em uma ligação em vídeo com meus amigos. Foi muito louco pensar que poderia regravar essas canções".

 

TecnoShow, banda Kassikó, Mastruz com Leite, Magníficos, Desejo de Menina, Aviões do Forró são outras bandas que Pabllo tem como referências até hoje.

 

"Espero que meus fãs se sintam mais próximos de mim, porque é a minha vida ali em música".

 

Brega é cringe?

 

Quanto mais batem, mais eu cresço”, afirma Pabllo Vittar

 

Com "Batidão Tropical", muitas pessoas vão ouvir pela primeira vez músicas como "Ânsia" e "Bang Bang", gravadas pela Companhia do Calypso, e "Ultra Som", da banda Ravelly.

 

As músicas, que fizeram sucesso há mais de 10 anos no Norte e Nordeste, provavelmente não estariam nas playlists mais recentes do público de Pabllo, de forma orgânica ou voluntária.

 

Corria sério risco até da parte mais jovem reagir com a expressão "cringe", usada nos últimos dias para descrever algo fora da moda ou ultrapassado, às versões originais, mas, na voz de Pabllo, o resultado é "cool", inovador e moderno. 

 

Para a artista nascida no Maranhão e criada no Pará, não existe isso de vergonha, muito pelo contrário.

 

"Agora tudo é cringe, cringe, cringe... Vamos exaltar o que é nosso. Se você pegar uma performance de Mylla Karvalho (ex-vocalista da Companhia do Calypso), de 17 anos atrás, onde ela subia no palco e pulava de bungee jumping e falar que isso é cringe, mas bater palma para Pink no Rock in Rio..."

 

"Você está batendo palma para quem? Vai falar que a Pink é cringe também? ", diz Vittar se referindo mais à performance do que ao estilo musical na comparação.

 

"Quero trazer isso mostrar para essa juventude agora, para essa galera do TikTok o que é a Companhia do Calypso, o que é a banda Cacicó, o que é tecnobrega, sabe?"

 

"Isso faz muito parte de mim, não dá para eu tirar isso e ficar sendo uma artista pop que vai vir lançar batidas pops internacionais que já tocam lá fora e já tocam aqui. Particularmente é bom, mas e aí [cadê ] a novidade?".


Pabllo já tinha cantado algumas das músicas do álbum informalmente nas redes sociais e demonstrado sua admiração por Mylla Karvalho, hoje cantora gospel.

 

Inclusive, a expressão "Yuke" que a drag usa desde que explodiu em 2017 é da ex-vocalista da banda de forró, que falava "E o que?" para o público continuar cantando as músicas nos shows.

 

Capa do disco 'Batidão Tropical' de Pabllo Vittar — Foto: Divulgação/Ernna Cost

 

Novas músicas


"Ama Sofre Chora", "Triste com T" e "A Lua" são as músicas autorais e inéditas, mas fazem tanto sentido com o resto do álbum que poderiam estar no repertório das antigas bandas de forró.

 

As duas primeiras foram escritas pelos compositores e produtores da Brabo Music, que trabalham com a cantora desde o começo da carreira.

 

Capa do single 'Ama sofre chora', de Pabllo Vittar — Foto: Divulgação

 

"Opinei muito pouco, porque foram músicas que quando ouvi eu falei isso daí a banda tal cantaria essa música. Eu vi a Paulinha, da Calcinha Preta, cantando 'Triste com Tesão' quando ouvi".

 

Já em "A Lua", Pabllo e Alice Caymmi se juntam aos compositores, em uma parceria que já tinha acontecido em “Problema Seu”, do álbum "Não Para Não".

 

“É um forró tipo Calcinha Preta, que tem uma pegada com a bateria, tem aquela cadência mais ritmada que não faz você parar nenhum segundo de mexer”, explica.

 

Batidão pelo mundo

 

2020 tinha tudo para ser um grande ano para Pabllo Vittar no exterior, com shows em festivais importantes como Coachella e no Primavera Sound, mas a pandemia adiou esses planos.

 

"Fiquei muito triste e frustrada, mas não amargurada. Acredito muito em Deus, sabia que tudo isso é uma provação que a gente vai passar para ficar mais forte".

 

Foi justamente por conta do tempo em casa que o 4º disco foi produzido. A ideia de resgatar as origens, no entanto, já existia entre a artista e o produtor Rodrigo Gorky. Ele, inclusive, antecipou ao G1 que o álbum novo seria "extremamente brasileiro".

 

"Sou muito ansiosa, não consigo ficar parada uma semana em casa, sem fazer nada, vendo TV... Eu piro, fico louquíssima", conta Vittar.

 

"A gente sabia que queria fazer essa exaltação da minha região e tudo foi se desamarrando... Entramos em contato com os compositores das bandas para pegar autorização das músicas, eles foram super solícitos, me senti muito honrada".

 

O que Pabllo Vittar significa para o Brasil (e para o resto do mundo) agora  - Vogue | moda

Fotos: Reprodução 

 

A expectativa, a partir de agora, é colocar o povo para dançar em casa e, depois, nos shows dentro e fora do Brasil.

 

"Vou me tremer inteira quando chegar no Primavera Sound e mandar uma [música da] Companhia do Calypso, da banda Ravelly", diz a cantora que foi confirmada na edição de 2022 do festival em Barcelona e em Porto.

 

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"Esse é o impacto cultural, social, performático que eu quero deixar. Quero que as pessoas entendam de quem eu estou falando, de como me formei, do que ouvi para chegar até aqui".

 

Fonte:G1

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