Homem de 40 anos confessou o ato e responderá pelo crime de tortura; a mãe do menino estava no local e também foi presa por omissão. Caso foi registrado em Uberlândia e vizinhos contam que as agressões contra a criança são constantes
Um homem de 40 anos foi preso pelo crime de tortura contra o enteado de 8 anos em Uberlândia. De acordo com a Polícia Militar (PM), o padrasto obrigou o menino a comer mato e brita. O crime ocorreu na terça-feira (12), no Bairro Esperança, e a mãe da criança também foi presa por omissão.
O crime ocorreu no estacionamento do prédio em que eles moram e a ação foi filmada por um vizinho, que foi até a PM denunciar o caso.
Nas imagens acima, o homem caminha até um canteiro, pega uma quantidade de mato e obriga o menino a comer. O vizinho relatou que a criança, aos prantos, se negou a comer. Em seguida, o suspeito dá um tapa no rosto dele, pega britas do chão e novamente diz para ele abrir a boca.
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"Isso! Põe na boca e come! Mastiga!", grita o padrasto.
Depois que a criança começa a mastigar o conteúdo, o homem dá mais três tapas no rosto do menino e diz:
"Cospe agora e vai deitar".
Segundo a PM, inicialmente a mãe negou o ocorrido e disse que o companheiro estaria apenas corrigindo seu filho, e que nenhum tipo de agressão havia ocorrido. A mulher só confessou o crime depois que os militares exibiram as imagens da tortura.
Tanto o padrasto quanto a mãe do menino foram presos em flagrante e levados para a delegacia da Polícia Civil. Ambos disseram que são usuários de drogas.
Ainda de acordo com outra vizinha do casal, as agressões contra a criança eram constantes e a mãe nunca tomou nenhuma atitude.
O suspeito confessou o crime e contou que teria ficado irritado porque o enteado teria comido cinco ovos durante o almoço e ainda queria comer mais. Após ter negado o pedido, a criança teria dito:
"Você quer que eu coma o que? Mato e terra?".
O homem responderá pelo crime de tortura e a mulher por omissão. O Conselho Tutelar foi acionado e a criança foi encaminhada para uma casa de acolhimento.
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A Polícia Civil de Minas Gerais informou que em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente, o caso segue sob sigilo.
Fonte: G1
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