O MPSP (Ministério Público de São Paulo) informou nesta quinta-feira (4) que a Justiça do estado condenou a mais de 30 anos de prisão os pais do menino que ficou conhecido como Ituzinho. O casal foi acusado de torturar a criança por quase uma década em Itu, no interior de São Paulo.
A condenação vem um ano depois de Maria Angélica Gomes e Juliano Ribeiro serem presos em Uberlândia, Minas Gerais. Os pais de Ituzinho fugiram da cidade paulista logo após o garoto ter conseguido pular o muro de casa e contado a um vizinho sobre as agressões que sofria.
Na época em que o caso veio à tona, a criança tinha 11 anos. Segundo o MPSP, a vítima sofria as torturas dos pais desde os 2 anos. Para agredir o menino, Maria e Juliano utilizavam fios de energia, pedaços de pau, facões e até líquido de bateria automotiva.
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O material corrosivo usado emotos e carros foi jogado na cabeça da criança, o que impossibilitou o crescimento de cabelo em alguns pontos. “A sentença acolheu a tese do MPSP de que os réus passaram anos submetendo o menino a intenso sofrimento físico e mental, como forma de aplicar castigo e medidas de caráter preventivo”, divulgou o órgão em nota.
A Record TV verificou, na época, que Ituzinho fugiu de casa após ter sido ameaçado pelo pai, que tinha a intenção de cortar o dedo da criança após ele ter pegado dinheiro dos responsáveis para comprar pão de queijo.
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Os condenados colocavam meias na boca do menino no momento das agressões para que os vizinhos não ouvissem os gritos. Com diversas cicatrizes pelo corpo, a criança andava pelas ruas do bairro onde morava com camisas de mangas longas. Segundo um tio dele, Maria chegou a ser presa em 2013, após a morte de um filho do casal.
Fonte:R7