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16/11/2023

Parlamento da Espanha reelege socialista Sánchez como primeiro-ministro

Foto: Reprodução

Líder do PSOE obtém a maioria absoluta de 179 votos após acordo de anistia com separatista da Catalunha

Líder do Partido Socialista Operário da Espanha(PSOE), Pedro Sánchez foi reeleito primeiro-ministro da Espanha, nesta quinta-feira, após ter obtido a maioria absoluta — 179 votos dos 350 deputados — para a sua investidura, quando todos os deputados votam em plenário para formar o governo. O anúncio foi feito pela presidente da Câmara Francina Armengol, eleita em agosto deste ano, recebido com aplausos e aclamações.

 

— Obtido o voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara, declaro que foi concedida a confiança do Parlamento ao senhor Pedro Sánchez Pérez-Castejón, a qual comunicarei a Sua Majestade, o Rei, para efeitos de sua nomeação como primeiro-ministro — disse Armengol.


O apoio dos sete legisladores do partido do Junts pela Catalunha (JxC), liderado pelo separatista Carles Puigdemmont, foi fundamental para vitória do socialista. No início deste mês, o premier fechou um acordo com o partido que garante a anistia aos condenados por participar da tentativa de independência da região, em 2017.

 

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Os partidos Movimento Sumar, EH Bildu, o Nacionalista Basco (PNV,) Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), BNG e CC das Ilhas Canárias também foram favoráveis à reeleição de Sánchez. Já os 171 votos contrários vieram da principal legenda de oposição, o Partido Popular (PP), da ultradireita Vox e da UPN.

 

Após cumprimentar membros do Executivo e legisladores do seu partido, Sánchez saudou o adversário conservador e presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo. O líder da oposição, durante o aperto de mão, teria dito que "isso é um erro", segundo Elsa García do Blas, citado pelo El País, em referência à vitória do socialista.

 

Feijóo venceu as eleições legislativas de julho, mas não conseguiu ser empossado como presidente de governo por falta de apoio suficiente no Parlamento. Crítico ferrenho à proposta da anistia, o direitista convocou os espanhóis a protestarem contra o acordo, visando garantir apoio político e retornar ao poder, e chegou a pedir eleições gerais durante um discurso de Madri. O pleito só seria possível se tanto o bloco de esquerda quanto o de direita não conseguissem formar um governo.

 

REVIRAVOLTA

 

Sánchez, que está à frente do governo espanhol desde 2018, ficou em segundo lugar nas eleições de 23 de julho. O PSOE conquistou 122 cadeiras mais 31 do aliado esquerdista Sumar, totalizando 153. O PP, por sua vez, conquistou 136 cadeiras no Parlamento, ainda aquém da maioria absoluta de 176, mesmo com o apoio dos 33 representantes da Vox. Após reivindicarem a vitória, Sánchez e Feijóo se reuniram com o rei Felipe VI, que concedeu ao socialista a tarefa de formar um novo governo.

 

Dada a largada, o primeiro-ministro começou as negociações. No fim de outubro, o líder do PSOE assinou junto com a líder e atual ministra do Trabalho Movimento Sumar, Yolanda Díaz, o "acordo pragmático", que contém 230 medidas, entre elas, uma reforma fiscal destinada a aumentar a contribuição dos grupos bancários e energéticos para o gasto público.

 

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Faltava agora o apoio de vários partidos separatistas, entre eles o Bildu, partido basco, considerado herdeiro político do ETA, que já havia comunicado que votaria nele para evitar um governo de direita. As tratativas mais laboriosas ocorreram com os separatistas do Junts que, junto com a ERC, exigiam a aprovação da anistia para os separatistas, acordo fechado no último dia 9. O pacto foi assinado pelo secretário-geral do Junts, Jordi Turull, e pelo número três do PSOE, Santos Cerdán, após dias de intensas negociações em Bruxelas e protestos violentos em várias cidades da Espanha, convocados principalmente por partidos de ultradireita. 

 

Fonte: O Globo

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