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Passageiros são afetados com paralisação total dos ônibus em Manaus. VEJA VÍDEOS
Foto: Divulgação

Vídeos compartilhados em aplicativos de mensagem mostram diversos ônibus parados na capital amazonense

 A paralisação total do transporte público de Manaus pegou a população de surpresa.  A interrupção de 100% do serviço foi motivada por um novo atraso no pagamento dos salários dos rodoviários. Vídeos compartilhados em aplicativos de mensagem mostram diversos ônibus parados na capital amazonense.

 

A faxineira Vanuza Barroso foi pega de surpresa com a greve e acha justa a paralisação tendo em vista que “quem trabalha precisa receber”.

 

“Eu vou ter que pedir a Deus que apareça um micro-ônibus, porque um que passou aqui nem parou para mim, não tenho outra opção a não ser pedir um Uber, que tá dando caro e para mim não tem condições, se eles estão parados é porque eles não receberam, e não tá justo isso, quem trabalha quer receber, agora vou ter que pagar pelo erro deles que não pagaram os funcionários”, lamentou a faxineira.

 

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O professor Daniel Costa também disse que ficou surpreso com a greve. “Eu estou surpreso porque estou indo pegar meus filhos agora e vou ter que pegar um transporte por aplicativo, deveriam ao menos avisar que teria a manifestação para nos preparar, eu entendo a situação dos rodoviários acredito que é correto, mas eles deveriam avisar a população”, disse o professor.

 

A doméstica Silvia também sofreu as consequências da paralisação e aproveitou para reclamar sobre a gestão do Prefeito de Manaus, David Almeida.

 

“O prefeito deu tudo para os cantores que vieram de fora e os bairros estão ai na pior, não tem asfalto, tudo quebrado, cheio de buraco, mas para vir cantor de fora ai eles tem dinheiro, só tem dinheiro para essas festas mas para a cidade para a saúde não tem”, desabafou  a doméstica.

A categoria reivindica o pagamento do salário referente a agosto, que está atrasado. De acordo com os trabalhadores, os valores deveriam ter sido depositados no quinto dia útil, segunda-feira (8), mas até esta quinta-feira ainda não haviam sido efetuados.

 

“Categoria tá resolvendo cruzar os braços de uma vez por todas enquanto não tiver respostas sobre o pagamento, enquanto o Sinetram o Governo do Estado e a Prefeitura de Manaus não respeitar a categoria de uma vez por todas, nós vamos parar”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Josenildo Mossoró.

 

Por conta da greve, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), suspendeu as atividades em todas as unidades da capital. A paralisação afetou também o trânsito da cidade, que ficou congestionado. 

 

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) se pronunciou sobre a paralisação de ônibus. A entidade culpou o governo estadual pelo atraso no repasse de verbas, que tem impedido o pagamento dos salários dos rodoviários.

 

Segundo a entidade, os valores referentes ao custeio do transporte de estudantes da rede estadual de ensino estavam depositados judicialmente. Agora, após serem devolvidos ao Estado do Amazonas, a liberação da verba está em espera, o que tem gerado a instabilidade. O Sinetram garante que, assim que receber os recursos, eles serão imediatamente repassados às empresas operadoras para o pagamento dos salários atrasados.

 

O Governo do Amazonas também se pronunciou sobre a greve e negou qualquer responsabilidade na falta de pagamento dos rodoviários.

 

Fotos: Divulgação

 

Na nota, o Estado reforçou que não é verdade a “informação de que os direitos trabalhistas desses profissionais estão em atraso por falta de repasse dos respectivos valores”.

 

“A relação do Estado com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) é limitada à aquisição de passes estudantis, não cabendo ao Estado responder por obrigações trabalhistas, que são de responsabilidade exclusiva das concessionárias do transporte coletivo e, em última análise, do próprio poder concedente, o Município de Manaus”diz a nota do Governo do Amazonas.

A Prefeitura de Manaus também emitiu uma nota a respeito do assunto e afirmou que a paralisação “não foi provocada por débitos da gestão municipal”.

 

Em janeiro deste ano, ao propor o reajuste da tarifa, o prefeito David Almeida informou que os subsídios pagos pela Prefeitura somaram R$ 520 milhões, em 2024, aplicados para equilibrar o sistema de transporte público. Em 2025, por recomendação do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), o Estado optou por não renovar o convênio com a Prefeitura, mas mantendo o custeio do benefício para os alunos das escolas estaduais.

 

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O Estado informou em junho, que em 2024 repassou R$ 360 milhões para a Prefeitura de Manaus só para o Passe Estudantil gratuito. Em 2024, o custo total do sistema foi de R$ 926 milhões, enquanto que a arrecadação tarifária somou R$ 404,7 milhões, sendo necessário um aporte municipal de R$ 521,3 milhões para manutenção do sistema.

 

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