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Pesquisadores encontram fóssil primitivo com três olhos no Canadá
Foto: Danielle Dufault/Royal Society Open Science

Animal viveu no período Cambriano, há cerca de meio bilhão de anos. Apesar de pequeno, o Mosura tinha características anatômicas exclusivas

Pesquisadores descobriram um artrópode fóssil de cerca de 506 milhões de anos, um animal primitivo e feroz que nadava pelos mares aterrorizando suas presas durante o período Cambriano, em meio a um depósito de fósseis do Museu Real de Ontário, no Canadá.

 

O estudo sobre o animal batizado de Mosura fentoni foi publicado no periódico Royal Society Open Science na última quarta-feira (14/5).

 

Por lembrar uma mariposa, o Mosura foi nomeado em homenagem à Mothra, uma mariposa gigante fictícia do cinema japonês. Apesar da comparação, o animal primitivo tinha o tamanho aproximado de um dedo humano. Ele pertencia ao grupo de radiodontes, uma ordem extinta dos artrópodes.

 

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Mesmo pequena, a criatura chamava atenção por suas características assustadoras, possuindo três olhos, garras, uma boca circular repleta de dentes, nadadeiras laterais no corpo e brânquias na parte traseira.

 

Os fósseis foram encontrados na formação Burgess Shale, nas montanhas rochosas canadenses, e estavam bem preservados, com a presença de detalhes do sistema nervoso, circulatório e do trato digestivo. Mais de 60 exemplares fósseis foram coletados entre 1990 e 2022 e armazenados principalmente no Museu Real de Ontário.

 

Imagem colorida de fóssil animal com três olhos - Metrópoles

Foto: Getty Images

 

“Pouquíssimos sítios fósseis no mundo oferecem esse nível de conhecimento sobre a anatomia interna mole. Podemos ver vestígios representando feixes de nervos nos olhos que estariam envolvidos no processamento de imagens, assim como em artrópodes vivos. Os detalhes são impressionantes”, diz o coautor do estudo e curador do departamento de paleontologia Jean-Bernard Caron, do Museu Real de Ontário, em comunicado.

 

O animal primitivo parecido com uma mariposa possui características anatômicas exclusivas, como longas brânquias na parte traseira, o que é extremamente incomum. De acordo com os cientistas, as estruturas serviam para maximizar a troca gasosa em ambientes com oxigênio, indicando que a espécie era muito ativa, com um metabolismo elevado, necessitando de uma maior quantidade da substância do que seus parentes.

 

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“Os radiodontes foram o primeiro grupo de artrópodes a se ramificar na árvore evolutiva, fornecendo informações essenciais sobre as características ancestrais de todo o grupo. A nova espécie enfatiza que esses primeiros artrópodes já eram surpreendentemente diversos e estavam se adaptando de forma comparável aos seus parentes modernos distantes”, conclui Caron.

 

Fonte: Metrópoles

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