O levantamento foi feito pelo RealTIme1 junto ao sistema de pesquisas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
As pesquisas eleitorais realizadas em Manaus, registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre janeiro e 30 de setembro de 2024, somaram um valor total de R$ 2.421.111,78. O levantamento foi feito pelo RealTIme1 junto ao sistema de pesquisas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Ao todo, 77 pesquisas foram registradas nesse período, sendo três delas de boca de urna. Destas, 30 pesquisas foram contratadas por empresas ou partidos políticos, que investiram juntos, desembolsaram R$ 1.436.938,38.
Já as outras 47 pesquisas foram auto financiadas, custeadas pelas próprias empresas responsáveis, totalizando R$ 984.173,40.
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EMPRESAS DE PESQUISAS PRECISAM COMPROVAR RECURSOS
As empresas que financiaram suas próprias pesquisas terão que comprovar a disponibilidade de recursos financeiros em caixa para realizá-las, inclusive incluindo a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) do ano anterior no ato do registro da pesquisa.
Especialistas acreditam que algumas empresas declararam valores muito abaixo dos praticados no mercado, o que não cobre os custos reais de uma pesquisa eleitoral. O valor é considerado como impraticável em relação ao valor médio cobrado no mercado e os custos operacionais envolvidos.
VALORES DECLARAM MONTANTES INFERIORES AO PRATICADO NO MERCADO
Empresas de referência, como a Quaest – contratada pelo RealTime1 e pela Rede Amazônica – realizaram pesquisas com custo médio de R$ 100 mil cada. Já a Perspectiva Mercado e Opinião cobrou R$ 90 mil por pesquisa. No entanto, das 47 pesquisas autofinanciadas, 36 delas custaram menos de R$ 20 mil, um valor considerado impraticável frente aos custos operacionais envolvidos.
Por exemplo, a Projeta Pesquisas de Mercado e Opinião Pública, que entrevistou 1.093 eleitores, declarou o custo de R$ 9.500 por pesquisa, resultando em apenas R$ 8,69 por questionário aplicado. A empresa Pontual, que autofinanciou todas as 10 pesquisas registradas este ano, investiu R$ 12.000,00 por cada uma. Já a DCastro Comunicação em Marketing, responsável por oito pesquisas da série Direto ao Ponto, bancou em média R$ 19.187,50 por pesquisa.
“EMPRESA DE PESQUISA NÃO É FUNDAÇÃO“
O presidente da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep), Duilio Novaes, em entrevista ao RealTime1 no mês de março, disse que empresa de pesquisa não é Fundação.
“A gente não consegue entender porque empresas de pesquisa estão atuando como fundação. Porque uma empresa de pesquisa é igual a qualquer outra empresa. Ela tem que ter faturamento, recursos para conduzir a pesquisa, tem que pagar funcionários e pagar impostos”, destacou Duilio Novaes.
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De acordo com o presidente da Abep, chama atenção o fato de alguns empresas apresentarem valor cobrado por formulário de entrevista que não cobre os custos básicos de transporte e alimentação dos entrevistadores, além da remuneração de todos os profissionais envolvidos e o recolhimento de impostos.