Pintado cita 'incompetência da arbitragem' após Chape sofrer empate em pênalti através do VAR

A Chapecoense voltou a sofrer um gol nos acréscimos e que impediu a primeira vitória no Campeonato Brasileiro. Neste sábado, diante do Atlético-GO, o Verdão do Oeste vencia até os 47 minutos do segundo tempo, mas o árbitro Adriano Barros Carneiro assinalou pênalti para o Dragão. Ao consultar o VAR, ele viu o toque de mão do zagueiro Joilson.

Pintado, que já tinha criticado as deciões do VAR no empate por 1 a 1 contra o América-MG, na segunda-feira, voltou a elevar o tom contra os árbitros. O treinador, inclusive, foi expulso logo após a marcação do pênalti, mas apontou que a não vitória da Chapecoense está ligada ao que considera erro.

— Não vencemos por incompetência da arbitragem. É duro ter que falar de arbitragem. Eu queria falar da entrega dos meus jogadores. A gente tem trabalhado para vencer, temos o respeito pela Chapecoense.

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Eu tenho certeza que ainda temos muito o que melhorar, mas fica um sentimento ruim em ver que a arbitragem tem prejudicado tanto um time com história. Se eles têm definindo nossa sorte na competição é melhor que nos avisem. Aqui tem pessoas sérias trabalhando. Está muito feio o que a arbitragem fez de novo. E nada acontece, sabemos disso — disse o treinador.

Pintado também reafirmou que não é contra o VAR. A crítica do treinador é sobre a operação da ferramente. Em Goiânia, Wagner Reway estava como responsável pela arbitragem de vídeo, que sugeriu a revisão nos principais lances. O pênalti a favor da Chapecoense foi marcado após checagem à beira do campo, enquanto que o gol anulado de Oliveira para o Dragão se deu após a conferência de posição de impedimento de Zé Roberto, no início da jogada.

— O VAR é um caminho sem volta, acho muito importante. A tecnologia é ajuda, o problema é quem está por trás. Infelicidade de avaliar um lance claro, que todo mundo tá vendo, mas futebol não se joga de câmera lenta. Estamos vendo repetição de erros claros. Quem interpreta está errado. Cada um interpreta o que quer. Interpretar contra uma equipe. Sabemos que não iremos jogar apenas contra o adversário. Enxergaram um pênalti contra nós — completou.

O Verdão do Oeste tem somente seis pontos e ocupa a lanterna. A Chape volta a campo no próximo sábado, às 17h (de Brasília), contra o Sport, em Recife. O time catarinense fecha o turno diante do Fluminense, na Arena Condá.

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SOBRE O JOGO

— O primeiro tempo foi muito bom, o segundo tempo com mais dificuldade, mas controlado. Sabíamos o que iria acontece. Por incompetência de quem trabalha no futebol a gente sai sem o resultado que queríamos.

PEDIDO DE JUSTIÇA

— A gente tem conversado com os atletas sobre a luta. Alguns jogadores estão entregando acima do limite da parte física. É o único caminho que temos para pedir justiça e respeito. Alguém tem que ir à CBF, ao Gaciba... é gostoso e fácil ficar sentado no ar condicionado. Essas pessoas deveriam ter respeito com o clube que tem lutado com as dificuldades.

EVOLUÇÃO FÍSICA

— A gente já vê uma evolução na parte física e sustentamos mais. Sabemos ler melhor a profundidade. Temos que encaixar melhor ou definir melhor as jogadas na transição rápida. No segundo tempo faltou. Mas estou há pouco tempo aqui. Tenho certeza que iremos melhorar, mas não consigo treinar para evitar erros da arbitragem.

EXPULSÃO

— Isso me incomoda, pois sou um vencedor, não gosto de perder. Não é pelo nosso desempenho em campo que não conseguimos a vitória. Espero que algum responsável pela Chapecoense tome providência. Já estão definindo nossa situação dentro do campeonato. Ser expulso me incomoda, mas não tenho sangue de barata. O que torcedor sente eu também sinto.

CLIMA NO VESTIÁRIO

— Incomoda muito olhar os jogadores tristes, principalmente pela maneira que tentamos construir a vitória. Incomoda olhar nos olhos dos jogadores e ver um sentimento de incoformidade.

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Por fazer, lutar como estamos lutando, entregar como estamos entregando e mais uma vez por um árbitro infeliz não veio a vitória. Mas o grupo está determinado e tem vergonha na cara, por isso que vim para cá. Vamos continuar lutando, pois temos uma responsabilidade.

Fonte: GE