27 de Abril de 2024 - Ano 10
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18/06/2022

Polícia Federal confirma que restos mortais encontrados na Amazônia são do indigenista Bruno Pereira

Foto: Reprodução

Segundo laudo da corporação, Bruno e jornalista Dom Phillips foram mortos com tiros no tórax e na cabeça. Três suspeitos estão presos por envolvimento no crime.

A Polícia Federal confirmou, neste sábado (18), que parte dos restos mortais encontrados no Amazonas são do indigenista Bruno Araújo Pereira. A identificação foi possível após exame da arcada dentária no Instituto Nacional de Criminalística. Durante a tarde de sexta (17), peritos já haviam confirmado que, no material, também estavam os restos mortais do jornalista Dom Phillips.

 

Em nota (leia íntegra ao fim da reportagem), a PF informou que Dom e Bruno foram atingidos por tiros: o indigenista foi baleado três vezes, na cabeça e no tórax, já o jornalista, uma vez, no tórax. Três suspeitos estão presos pelo crime. Um deles, que era considerado foragido, foi detido neste sábado.

 

Dom e Bruno estavam desaparecidos desde 5 de junho, enquanto faziam uma viagem na terra indígena do Vale do Javari (AM). Os restos mortais deles foram encontrados na quarta-feira (15), após um dos suspeitos confessar envolvimento. O material foi trazido para análise em Brasília

 

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CAUSA DA MORTE 

 

Segundo a nota da PF, o exame médico-legal feito pelos peritos aponta que "a morte do Sr. Dom Phillips foi causada por traumatismo toracoabdominal por disparo de arma de fogo com munição típica de caça, com múltiplos balins, ocasionando lesões principalmente sediadas na região abdominal e torácica (1 tiro)".

 

Já a morte de Bruno Pereira, de acordo com a Polícia Federal, "foi causada por traumatismo toracoabdominal e craniano por disparos de arma de fogo com munição típica de caça, com múltiplos balins, que ocasionaram lesões sediadas no tórax/abdômen (2 tiros) e face/crânio (1 tiro)".

 

A corporação afirma que "os trabalhos dos peritos do Instituto Nacional de Criminalística, nos próximos dias, serão concentrados nos exames de Genética Forense, Antropologia Forense e métodos complementares de Medicina Legal, para identificação completa dos remanescentes e compreensão da dinâmica dos eventos".

 

CONFISSAÕ DO TERCEIRRO SUSPEITO 

 

 

após Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", confessar envolvimento no assassinato de Pereira e Phillips e indicar onde estavam os corpos.

 

Amarildo e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como "Dos Santos", foram presos por envolvimento nos assassinatos. Um terceiro suspeito foi identificado como Jeferson da Silva Lima, vulgo “Pelado da Dinha”, e preso neste sábado.

 

Em nota divulgada nesta sexta, a PF também informou que as investigações apontam que não houve mandante ou organização criminosa envolvida no crime. Segundo o texto, a apuração continua e novas prisões podem ocorrer, mas o inquérito aponta "que os executores agiram sozinhos".

 

MOTIVAÇÃO 

 

Montagem com fotos do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips — Foto: TV Globo/Reprodução

Fotos: Reprodução


Os corpos das vítimas teriam sido esquartejados e enterrados. A motivação do crime ainda é incerta, mas a polícia apura se há relação com a atividade de pesca ilegal e tráfico de drogas na região. Segunda maior terra indígena do país, o Vale do Javari é palco de conflitos típicos da Amazônia: desmatamento e avanço do garimpo.

 

Amarildo da Costa Oliveira, o "Pelado", está detido desde 7 de junho. Segundo a polícia, ele foi visto por ribeirinhos, no dia do desaparecimento, em uma lancha logo atrás da embarcação de Pereira e Phillips. Os agentes encontraram vestígios de sangue no barco do suspeito, que vinha negando ter qualquer relação com o caso. Já Oseney, o "Dos Santos", foi preso temporariamente na terça-feira (14).

 

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Na quarta-feira (15), além de confessar participação nos crimes, Amarildo também indicou onde afundou a embarcação que era usada por Bruno e Dom. O restos mortais foram achados a cerca de 3,1 km de distância de onde itens pessoais do indigenista e do jornalista, como cartão de saúde e notebook, haviam sido encontrados dias atrás. 

 

Fonte: G1

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