26 de Abril de 2024 - Ano 10
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17/01/2020

Políticos, entidades e artistas criticam discurso em que secretário da Cultura usa frases semelhantes às de nazista

Foto: Reprodução

Roberto Alvim disse que houve

Políticos, entidades e artistas criticaram nesta sexta-feira (17) o discurso do secretário nacional da Cultura, Roberto Alvim, que usou frases semelhantes às de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler no governo nazista.

 

Assim como Goebbels havia afirmado, em meados do século XX, que a "arte alemã da próxima década será heroica” e “imperativa”, Alvim diz no vídeo que a “arte brasileira da próxima década será heroica” e “imperativa”.

 

O discurso do secretário, divulgado em uma rede social na quinta (16), referia-se ao lançamento de um concurso de projetos de arte.

 

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As declarações provocaram repúdio generalizado, e na tarde desta sexta Alvim foi exonerado do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro.

 

Horas antes, ele se defendeu em um post no Facebook e disse que a semelhança entre as frases foi "uma coincidência retórica".

 

Compare os discursos:


Roberto Alvim:

 

“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo – ou então não será nada”
Joseph Goebbels:

 

“A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada"


Veja a repercussão:


Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara

 

"O secretário da Cultura passou de todos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo".

 

Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado

 

"No interior do Amapá, na localidade de Ariri, participando da retomada do programa 'Luz para Todos', somente agora tive o desprazer de tomar conhecimento do acintoso, descabido e infeliz pronunciamento de assombrosa inspiração nazista do secretário de Cultura Roberto Alvim, do governo federal."

 

"Como primeiro presidente judeu do Congresso Nacional, manifesto veementemente meu total repúdio a essa atitude e peço seu afastamento imediato do cargo."

 

Dias Toffoli, presidente do STF

 

"Há de se repudiar com toda veemência a inaceitável agressão que representa a postagem feita pelo secretário de Cultura. É uma ofensa ao povo brasileiro e, em especial, à comunidade judaica."

 

Augusto Aras, procurador-geral da República

 

"A liberdade de expressão deve ser relativizada – somente neste contexto – quando se revela a promoção de doutrinas nazifascistas que importam na destruição da própria democracia."

 

"A única ideologia política admissível no estado brasileiro é o regime democrático participativo. Toda e qualquer doutrina que atente contra ideologia participativa há de merecer a rejeição da sociedade brasileira."

 

Embaixada da Alemanha no Brasil

 

"O período do nacional-socialismo é o capítulo mais sombrio da história alemã, trouxe sofrimento infinito à humanidade. A Alemanha mantém a sua responsabilidade. Opomo-nos a qualquer tentativa de banalizar ou mesmo glorificar a era do nacional-socialismo."

 

Confederação Israelita do Brasil

 

"Emular a visão do ministro da Propaganda nazista de Hitler, Joseph Goebbels, é um sinal assustador da sua visão [de Alvim] de cultura, que deve ser combatida e contida. (...) Uma pessoa com esse pensamento não pode comandar a cultura do nosso país e deve ser afastada do cargo imediatamente."

 

Museu do Holocausto

 

"Este inadmissível plágio textual e estético, além de repulsivo, cruza a linha do que é moralmente aceitável e configura apologia ao Nazismo."

 

Ordem dos Advogados do Brasil

 

"A Diretoria do Conselho Federal da OAB vem manifestar total repúdio e indignação com a fala do secretário da Cultura, Roberto Alvim, que publicou manifestação reproduzindo com absoluta - e pensada - similaridade o discurso nazista de Joseph Goebbels.

 

O Nazismo – que resultou no Holocausto, com o assassinato de milhões de judeus - foi uma das piores passagens da história da humanidade e jamais pode ser utilizado como forma de pensamento, referência ou argumento de qualquer governante em nosso país, o que inclusive constitui crime previsto na Lei 7.716/1989."

 

Baleia Rossi, deputado federal e presidente nacional do MDB

 

"Repudiamos o infame 'copia e cola' da propaganda nazista produzido pelo secretário especial de Cultura, Roberto Alvim."

 

"Esperamos que o presidente da República tome as medidas cabíveis em nome dos brasileiros de todas as raças e credos que combateram o nazismo e fascismo nas fileiras das Forças Expedicionárias Brasileiras."

 

Marcel van Hattem, deputado federal e líder do NOVO na Câmara

 

"Fala de Roberto Alvim é absurda, nauseante: o Estado não define o que é e o que não é cultura! Já um governo define quem dele faz e quem dele não faz parte. Quem recita Goebbels e faz pronunciamento totalitário não pode servir a governo nenhum no Brasil e deve ser demitido. Já!"

 

Zélia Duncan, cantora

 

“Definitivamente o fracasso subiu à cabeça do patético encarregado da falta de Cultura, Roberto Alvim...ator canastrão, diretor fracassado, encontrou nesse governo desafinado e brega, seu frágil êxtase nazista-fetichista. Faltou o bigode, pro fã do crime aparentar melhor com o ídolo”.

 

"A trilha utilizada pelo nazi brasuca é Wagner. Artista utilizado por Hitler, para exaltar a raça ariana, os brancos 'puros'. Wagner era antissemita, não gostava de judeus. O circo de Alvim é lamentável e criminoso, se fôssemos um país direito, ele seria preso."

 

 

Marcelo D2, cantor

 

“Que bizarro. Que discurso de maluco. Coisa mais Nazi que isso eu nunca vi!!! Pqp, como a gente veio parar aqui?” “Eles nem se escondem mais, citando Joseph Goebbels (ministro da propaganda na Alemanha nazista)”.

 

 

Laerte Coutinho, cartunista

 

"Nesse Prêmio Nazista tem categoria pra quadrinhos também? Tou curiosa!"

 

 

Luciano Huck, apresentador

 

"Sou brasileiro de família judia. 6 milhões de judeus morreram por causa do nazismo. O holocausto é um fato histórico. Usar a Cultura p/ fazer revisionismo histórico é perverso e violento. O vídeo do secretário Roberto Alvim é criminoso. Revela uma conduta autoritária inaceitável"

 

 

Felipe Andreoli, apresentador

 

“Já temos um ministro da educação analfabeto. E um secretario ‘especial’ da cultura que cita o Ministro Da Propaganda Nazista, Joseph Goebbels. Se isso pra você é normal, não sei o que dizer. É assustador. É pavoroso. E o tom? E a trilha sonora? E o botox? Fundo do poço é pouco.”

 

 

Gregório Duvivier, ator e humorista

 

“Frase nazista atitude nazista e música nazista levam internautas a pensar que Roberto Alvim é nazista” Mika Lins, atriz e diretora teatral “O secretário parafraseou Goebbels. Interpretou o personagem no pronunciamento com Wagner de trilha sonora e tudo. Não achem que não há um objetivo nisso. Só não vai dar pra dizer depois que esse governo passar que isso era um ‘experimento teatral’. Que esteve ali infiltrado.”

 

 

Alexandre Nero, ator

 

"Bom, Alvim caiu. Tinha que cair, mas não adianta comemorar. Só caiu pq foi flagrado. Deu MUITO na cara. Esse governo pensa exatamente como ele. Todo mundo já sacou. Entrará outro no lugar com o mesmo pensamento de aniquilar as diferenças. Esse é o projeto de cultura desse governo"

 

 

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Juliano Dornelles, cineasta

 

"Será que esse canalha achou que ninguém ia perceber? Ou fez o que fez pra nos testar? Estou verdadeiramente intrigado."

 

 

G1

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