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31/08/2022

Polícia indicia mulher trans e homem por suspeita de queimarem e matarem amigo que fazia transição de gênero

Foto: Reprodução

A Polícia Civil indiciou uma mulher trans e um homem por suspeita de queimarem e matarem um amigo que estava fazendo transição de gênero para ter um corpo feminino. O crime ocorreu em 2021 em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, mas só foi descoberto recentemente.

 

De acordo com a investigação, Maryana Elisa Rimes Paulo e Ronaldo Bertolini participaram do assassinato de Marcelo do Lago Limeira, que também queria se tornar uma mulher trans. Ainda segundo os policiais, a dupla assumiu a identidade da vítima e movimentou mais de R$ 1 milhão dela. Marcelo tinha vários imóveis alugados em seu nome e ainda recebia ajuda financeira de uma tia.

 

Maryana e Ronaldo foram indiciados por homicídio, estelionato, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e falsificação de documentos. A cantora e maquiadora Maryana, uma mulher trans de 49 anos, foi presa pela polícia. Ronaldo, que a ajudou no crime, segundo a investigação, teve a prisão decretada pela Justiça. Como ele não foi encontrado, passou a ser procurado como foragido. Ele não havia sido localizado e detido até a última atualização desta reportagem.

 

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INVESTIGAÇÃO 

 

Segundo a polícia, Maryana conheceu Marcelo em festas e se incomodou com o fato de ele ter iniciado o processo de transição para se tornar uma mulher trans. De acordo com a investigação, a maquiadora não queria que o amigo ficasse mais bonita do que ela.

 

Segundo a polícia, para dar fim ao corpo de Marcelo, Maryana Elisa Rimes Paulo teve a ajuda do amigo Ronaldo Bertolini (à direita).  — Foto: Reprodução/TV Globo

 

Em maio do ano passado, Marcelo fez a primeira cirurgia no rosto, para deixá-lo mais feminino. Depois do procedimento, testemunhas contaram que o viram entrando na casa com o rosto coberto. Em seguida, Maryana passou a morar com o amigo no imóvel dele, como se estivesse cuidando de Marcelo.

 

Mas segundo a polícia, Maryana matou o amigo dentro da casa com doses excessivas de remédios e colocou em prática o plano de assumir a identidade e os bens dele.

 

COMPARSA AJUDOU NO CRIME 


De acordo com a polícia, ela chamou o amigo Ronaldo Bertolini para ajudar a se livrar do corpo. Os dois alugaram uma chácara em Campo Limpo Paulista, no interior de São Paulo, e queimaram o corpo de Marcelo.

 

Maryana Elisa Rimes Paulo é suspeita de matar o amigo Marcelo do Lago Limeira com a ajuda de Ronaldo Bertolini, segundo a polícia  — Foto: Reprodução/Redes sociais

Fotos: Reprodução

 

Depois, tentaram enterrar os ossos. Mas, no final, abandonaram o corpo na Estrada Edgar Máximo Zambotto, que liga a Grande São Paulo ao município de Jundiaí.

 

De volta ao ABC, Maryana assumiu o lugar de Marcelo, enganando funcionários do cartório.

 

A Polícia Civil apurou que Maryana passou a receber o dinheiro dos aluguéis das casas de Marcelo, a mesada que a tia dava a ele todo mês. Ela alugou a casa onde Marcelo morava e vendeu o carro dele com uma procuração falsa.

 

“O escrevente narra que uma pessoa do sexo feminino se apresentou no cartório com os documentos originais, todos do Marcelo. E quando questionado a respeito da divergência dos documentos masculinos e de uma pessoa feminina, a pessoa explicou que ela havia feito uma transição de gênero e não tinha mudado os documentos ainda. Mas que na verdade se tratava do próprio Marcelo”, explicou o delegado Cristiano Luiz Sacrini Ferreira.

 

FIM DE FESTA 


A farsa só começou a ser descoberta em abril deste ano, quando Maryana tentou movimentar dinheiro da vítima e apresentou a mesma procuração no banco. A gerente, que conhecia Marcelo, suspeitou de algo errado e avisou a polícia.

 

Pelos cálculos dos investigadores, Maryana e Ronaldo movimentaram cerca de R$ 1 milhão da vítima. Mas ela não queria só o dinheiro do rapaz morto, segundo o delegado. A mulher não gostou de saber que Marcelo queria também se transformar em mulher e ficaria mais bonita do que ela.

 

“A Mariana se ressentia muito porque ela acredita que, após a cirurgia de transição de gênero, o Marcelo ficaria uma mulher mais atraente, mais bonita que ela própria”, declarou Cristiano Sacrini.

 

O QUE DIZEM AS PARTES 


Procurado pelo SP2, o advogado que defende Mariana Paulo disse que o inquérito ainda está na fase da investigação e que qualquer informação nesse momento pode atrapalhar o trabalho da polícia.

 

Ele também afirmou que, após concluídos todos os atos legais, a defesa vai se manifestar de forma mais completa.

 

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O amigo de Mariana, Ronaldo Bertolini, é procurado pela polícia. Os dois devem responder a processo por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, estelionato, falsidade ideológica e falsificação de documentos. 

 

Fonte: G1

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