O policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, acusado de ter matado o campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo durante uma briga em um clube na zona sul de São Paulo, idealizou um projeto da corporação, em 2019, chamado Segunda Força, que tinha como objetivo ensinar artes marciais a mulheres para que pudessem se defender em episódios de violência doméstica.
Em uma entrevista divulgada pelas redes sociais da Associação de Oficiais Militares do Estado de São Paulo, a Defenda PM, no dia 9 de dezembro de 2019, Henrique afirma que pratica artes marciais desde criança e idealizou o projeto, principalmente, para ensinar técnicas de defesa pessoal às mulheres.
"Tive a ideia e comecei a esboçar o projeto. Quando o coronel Fábio assumiu o comando da Escola Militar, deu oportunidades para ideias de projetos sociais, e eu apresentei a minha", disse.
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Ele afirma, ainda, que decidiu aliar os conhecimentos de defesa pessoal à inteligência emocional. "Entendi que isso poderia aprimorar a defesa", explicou.
Na época, segundo o PM, 13 mulheres participavam do projeto. O limite inicial era de 20 pessoas, já que o curso era um "piloto". O R7 entrou em contato com a Defenda PM para saber se o acusado ainda faz parte da associação e detalhes sobre a participação dele no projeto, mas, até o momento, não obteve retorno.
Henrique Velozo passou por audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (8) no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da capital, e o juiz entendeu que ele deve permanecer preso pela morte do lutador Leandro Lo. O tenente foi encaminhado para o presídio Romão Gomes.
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Leandro Lo teve morte cerebral confirmada após ter sido baleado na cabeça pelo PM durante um show no Esporte Clube Sírio. Segundo a mãe da vítima, Fátima Lo, o tenente, por ser lutador de jiu-jítsu, conhecia Leandro. Os familiares suspeitam que Henrique tinha a intenção de provocar a vítima e agiu de forma premeditada.
Fonte: R7