Por que alguns sons nos deixam arrepiados e causam mal-estar?

O ruído de uma lousa sendo riscada costuma ser bastante lembrado quando pensamos em sons que provocam arrepios, mas fato é que este não se trata do único que provoca esse efeito.

E por mais que exista certa unanimidade acerca dos sons que desencadeiam essa sensação tão marcante, as causas por trás dos arrepios podem variar bastante de pessoa para pessoa. Você já se perguntou o porquê disso?

De uma forma geral, os ruídos que provocam os famosos arrepios costumam ser mais altos ou agudos. Isso porque os sons realmente possuem o poder de provocar uma série de efeitos no organismo. Não é à toa que uma simples música pode repercutir tanto na forma como nos sentimos.

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Assim, a depender da intensidade do ruído, o nosso cérebro desencadeia algumas reações no corpo ao ativar o sistema de alerta, fazendo com que fiquemos ofegantes, ou mesmo com os batimentos cardíacos acelerados.

Os arrepios, por sua vez, fazem parte desse pacote, seja quando a dopamina é liberada ao ouvir uma música adorada; seja na presença de um som estridente que liga o instinto de sobrevivência. Isso explica o fato dos arrepios estarem relacionados ao espanto ou à sensação de surpresa.

No entanto, há pessoas que apresentam um nível de desconforto muito mais elevado diante de determinados barulhos, mostrando que a sensibilidade sonora pode ser decorrente de causas diversas.

Quem sofre de perda auditiva pode incomodar bastante com um ruído mais intenso. Não estamos falando de quem apresenta surdez temporária por estar imerso num ambiente bastante barulhento, mas sim daquele que desenvolveu uma perda gradual da audição com o passar dos anos e percebe os ruídos de uma forma distorcida.

Pessoas que sofrem com enxaqueca e outras condições, como a doença de Lyme, também podem sofrer com hiperacusia, uma condição relacionada ao volume dos sons. Nesse caso, não se trata propriamente de um incômodo com sons altos, mas de uma mudança na percepção.

Com isso, mesmo ruídos considerados toleráveis e normais para algumas pessoas podem soar extremamente altos e dolorosos, gerando grande incômodo. Esse distúrbio faz com que o mesmo possa ser percebido com ruídos internos do corpo.

Foto: Reprodução

A misofonia, por outro lado, gera efeitos físicos e também pode estar por trás do desconforto, que nem sempre é compreendido pelas pessoas ao redor. Graças a essa condição, mesmo ruídos mais baixos ou repetitivos causam sofrimento.

Ou seja, além de se manifestar de formas variadas, a sensibilidade sonora pode ser decorrentede doenças. Mas antes de se preocupar desnecessariamente, é importante lembrar que para a maioria das pessoas, os arrepios que surgem ao ouvir determinados sons são normais.

Tanto é que há pessoas que apreciam bastante alguns sons em particular e os arrepios que eles provocam, o que contribui com a difusão de vídeos ASMR, associados a "orgasmos cerebrais". Neles, ruídos produzidos a partir de superfícies variadas, como embalagens plásticas, vidro e papel rendem milhões de visualizações.

Mas considerando que os arrepios são bastante comuns com sons mais altos, é importante lembrar da necessidade de proteger os ouvidos e evitar a exposição prolongada, visto que ela gera danos graduais e irreversíveis.

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No caso de uma sensibilidade sonora incomum ou mais intensa, antes de se assustar com os motivos que podem aparecer em meio a uma breve pesquisa no Google, o recomendado é recorrer ao auxílio de um especialista para descobrir não só como lidar melhor com os desconfortos, como investigar a real causa desse problema.

Fonte: Fatos desconhecidos