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21/12/2023

Por que esquecemos o que acabamos de pensar? Especialistas ensinam como melhorar a memória

Foto: Reprodução

Como seres humanos, temos uma tendência peculiar a esquecer rápido algumas informações que acabamos de receber. Por quê?

Por que temos a tendência de esquecer rápido informações que acabamos de receber? Quem nunca sorriu e apertou as mãos de alguém, só para esquecer o nome da pessoa imediatamente? Ou entrou na cozinha com uma missão clara em mente, mas se pegou pensando: o que era mesmo?

 

Apesar de ser frustrante, esse tipo de esquecimento é muitas vezes uma ocorrência normal, segundo Sharon Sha, professora de neurologia da Universidade Stanford.


Sha explica que quando perdemos informações recém-adquiridas ou pensamentos recentes, geralmente é porque nossos cérebros não as armazenaram como memórias de longo prazo desde o início.

 

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Ao realizar as atividades do dia a dia, seu cérebro mantém as informações em um estado temporário conhecido como memória de trabalho, conforme explicado por David Gallo, professor de psicologia na Universidade de Chicago.

 

Por exemplo, participar de uma conversa telefônica enquanto segue uma receita de jantar envolve equilibrar várias tarefas simultaneamente em sua memória de trabalho.


O professor destaca que a maioria das pessoas consegue manter apenas cerca de quatro ou cinco pensamentos ou tarefas em sua memória de trabalho ao mesmo tempo.

 

No entanto, ele ressalta que, a menos que esses pensamentos passem por um processo cerebral chamado codificação, eles não serão permanentemente armazenados em sua memória de longo prazo.

 

É como a função “salvar” de um computador, conforme explica Scott Small, diretor do Centro de Pesquisa da Doença de Alzheimer da Universidade Columbia. Ele compara que, se oindivíduo fizer anotações e fechar o computador sem salvar, suas anotações desaparecem para sempre.

 

O processo de codificação, segundo Small, envolve estabelecer conexões significativas entre as células cerebrais e requer memória de trabalho adequada.

 

Portanto, se estiver concentrado em se apresentar a alguém novo ou decidir o que dizer em seguida, seu cérebro não codificará informações, como o novo nome que você ouve, resultando em esquecer rápido.

 

Lynne Reder, professora emérita de psicologia na Universidade Carnegie Mellon, destaca que, embora essas falhas possam parecer frustrantes no momento, são essenciais para o funcionamento diário.

 

Ela explica que se nossos cérebros codificassem todas as informações sensoriais, não teríamos memória de trabalho suficiente para realizar tarefas básicas, como andar, falar ou ouvir.

 

Sha observa que há momentos em que lembrar informações é fácil. Se você experimenta uma emoção intensa, como medo ou trauma, no momento em que aprende algo, é mais provável que isso fique gravado em sua memória.

 

Ela destaca que isso explica por que muitas pessoas recordam exatamente onde estavam no 11 de Setembro.

 

Além disso, os especialistas afirmam que há outros truques e táticas que podem auxiliar n armazenar memórias para o longo prazo.

 

Ronald Davis, professor de neurociência da Universidade da Flórida, destaca a importância de repetir e recitar informações para evitar esquecer rápido.

Ao ouvirmos, vermos, recitarmos em voz alta ou escrevermos uma palavra, temos diversas oportunidades de codificar essa informação utilizando diferentes caminhos no cérebro.

 

Estudos também indicam que escrever novas informações à mão, seja em papel ou em um tablet com uma caneta digital, pode estimular mais o cérebro do que digitar, fortalecendo ainda mais nossas memórias.

 

Segundo Davis, quanto mais repetirmos algo, mais propensos a lembrar-nos dele seremos.

 

Lynne Reder destaca que lembrar informações arbitrariamente pode ser especialmente desafiador. Por isso, torna-se mais fácil recordar nomes que estão conectados a características ou qualidades específicas.

 

Um exemplo dado por David Gallo é associar o nome “Ana” com “banana”, visto que rimam, e estender isso para uma pessoa loira, pela semelhança de cores.

 

Essa associação cria um contexto, uma imagem visual e uma rima, facilitando a retenção da informação.

 

Sharon Sha destaca que deixar de esquecer rápido é possível também ouvindo música ou recitando canções.


Ela aponta que mesmo um jingle de propaganda, relacionado a um produto que você nunca compraria, pode permanecer na memória.

 

Os neurocientistas ainda estejam explorando o motivo pelo qual a música auxilia na lembrança. No entanto, Sha sugere que “marcar” memórias com músicas pode transferi-las para diferentes partes do cérebro, tornando-as mais propensas a se fixarem.

 

Além disso, se estiver tentando lembrar-se de realizar uma tarefa específica, visualizar-se executando a ação ou refletir sobre as emoções associadas a ela pode ser útil, segundo Sha.

 

Por exemplo, ao precisar comprar um presente de Natal para sua filha, se imaginar tendo o item ou pensar em como isso a deixará feliz ao abrir o presente pode fortalecer a retenção da informação.

 

Como é comum em muitos aspectos da vida, codificar novas informações é mais desafiador quando se está privado de sono, observa Gallo. Portanto, é crucial garantir que você descanse adequadamente.

 

Os especialistas afirmam que atividades regulares, como exercícios aeróbicos, levantamento de peso, alongamento ou até mesmo pequenas caminhadas, podem aprimorar a memória, tanto a curto quanto a longo prazo.

 

Gallo destaca a importância de manter o coração saudável por meio do exercício, ressaltando que isso contribui para a saúde cerebral.

 

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Ele enfatiza que essa prática não apenas auxilia no envelhecimento com elegância, mas também mantém a memória funcionando e diminui as chances de esquecer rápido. 

 

Fonte: Metrópoles

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