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Pré-COP30 enfatizou adaptação, celebrou renováveis e pressionou metas nacionais
Foto: Reprodução

O evento aconteceu na semana em que um relatório das Nações Unidas apontou novo recorde histórico das emissões de CO2

A pré-COP30 (13 e 14) terminou em Brasília (DF) com um recado de que a adaptação precisa caminhar lado a lado com o financiamento da agenda do clima. No evento, quase 70 países alinharam expectativas e construíram pontes políticas no último grande ensaio antes das negociações decisivas, em Belém.

 

“Adaptação já não é uma escolha”, ressaltou o embaixador brasileiro André Corrêa do Lago, presidente da Conferência, ao resumir o tom das conversas ministeriais na capital federal. “Este ano tem de ser um marco para que essa agenda ganhe força nos planos nacionais de clima”, avaliou.Medidas de adaptação precisam adequar ambientes naturais e estruturas construídas pelas pessoas, como as cidades, às mudanças impostas pela crise climática. Hoje, mais de 3,5 bilhões de pessoas – quase metade da população mundial – já estão vulneráveis a secas, calor, inundações e falta de comida.

 

O quadro se agrava porque a concentração do poluente CO2 alcançou novo recorde, ano passado. O aumento, registrado pela pela Organização Meteorológica Mundial, foi o maior desde 1957 e o mais volumoso de um ano para outro. Ou seja, a crise se agrava e pede ações “para ontem”.

 

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Diante de evidências como essa, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, reforçou o caráter de urgência. “A COP de Belém pode ajudar o mundo a evitar pontos de não retorno”, afirmou, pedindo confiança no multilateralismo e em resultados alinhados à ciência.

 

Reforçando a mensagem, a diretora-executiva da COP30, Ana Toni, cobrou pragmatismo nas negociações multilaterais. “Como é que a gente vai proteger as nossas sociedades?”, defendendo que adaptação e finanças avancem juntas e mobilizem mais dinheiro do setor privado.

 

“A iniciativa privada não tem modelos para financiar ações como para uma transição justa [para economias de menor emissão de carbono]”, afirma Tatiana Oliveira, especialista em Clima e Política Internacional do WWF-Brasil.

 

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Essa agenda deve definir, por exemplo, meios para que energias alternativas não causem graves estragos socioambientais onde são geradas enquanto vertem eletricidade para cidades a milhares de quilômetros. O mesmo vale para a produção de soja, carne e outras commodities exportadas pelo sul global. 

 

Fonte: O Eco

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