A alta expectativa que rodeava o primeiro encontro entre Flamengo e Palmeiras nesta temporada não foi justificada. Apesar da subida de produção na partida no segundo tempo, rubro-negros e alviverdes fizeram uma partida truncada, sem muitas chances de perigo para nenhum dos lados e ficaram no 0 a 0, ontem, no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro.
Apesar do empate ter feito o rubro-negro perder a liderança para o Bragantino — ambos têm sete pontos, mas o Massa Bruta leva vantagem nos gols marcados (5 a 4) —, pode-se dizer que o resultado foi melhor para o Flamengo, que conseguiu dar valiosos minutos de descanso para peças importantes, como Pedro e De La Cruz, que, desgastados fisicamente, não foram titulares e só entraram na segunda etapa. Já em relação ao Palmeiras, o empate fez com que o time chegasse ao segundo jogo em casa sem conseguir vencer neste Brasileirão.
— A vontade do técnico é colocar todos os atletas, mas alguns estão com seis ou sete jogos consecutivos. O departamento médico diz: “A nossa posição é de cuidados”. Pedro, Nico (De La Cruz), Ayrton (Lucas), Pulgar e Luiz Araújo estavam em sinal amarelo ou vermelho porque tinham riscos importantes (de lesão), e aí você perde o jogador por seis ou sete jogos — explicou Tite.
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JOGOS PELA LIBERTADORES
A declaração do treinador já dá indícios de que outros jogadores possam ser poupados na quarta-feira, quando o Flamengo enfrenta o Bolívar, na Bolívia, pela Libertadores. O Palmeiras viaja para o Equador para enfrentar o Independiente Del Valle, também na quarta.
— Vamos jogar na altitude agora e sabemos o quanto é difícil — previu Weverton. — Tivemos chances e não conseguimos fazer. Eles também. Perdemos o jogo passado em casa (para o Internacional) e empatamos agora. No Brasileiro é importante ter regularidade até o fim — emendou o goleiro do Palmeiras.
A leitura de Weverton sobre a partida está correta. Por mais que o Flamengo tenha sido ligeiramente superior na reta final, nenhuma das equipes criaram o suficiente para sair com os três pontos.
Antes mesmo do início do jogo, os dois treinadores deixaram nítida a preocupação maior com a parte defensiva. Não à toa, Tite manteve o esquema com Allan e Pulgar, meias mais marcadores, enquanto Abel Ferreira optou por uma formação com três zagueiros e dois laterais nas alas.
— Foi uma supremacia das duas equipes no processo de marcação com dois modelos diferentes de contato em cima da criatividade. Nos poucos momentos em que as equipes tiveram criatividade, não houve a conclusão — analisou Tite.
As escolhas dos treinadores fizeram com que a partida fosse truncada e sem muitos espaços para serem atacados. Com isso, o primeiro tempo ficou mais marcado pelas disputas físicas do que pelo bom futebol.
Ao todo, foram 21 faltas (14 do Palmeiras e sete do Flamengo) e três cartões amarelos para cada lado. Em chances de gol, foram apenas duas, uma e cabeçada de Murilo para fora e outra em chute de Luiz Araújo defendido por Weverton.
Já no segundo tempo, o cenário só melhorou quando Tite deixou o time em campo com Arrascaeta, De La Cruz, Gerson, Pedro e Bruno Henrique, o melhor em campo.
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Com o quinteto, que atuou cerca de 20 minutos, o Flamengo foi mais criativo, teve volume, boa movimentação e apresentou triangulações. Ainda assim, não conseguiu criar nenhuma oportunidade real de gol. No fim da partida, aos 42 minutos, o Palmeiras teve a chance da vitória. Aníbal Moreno fez o gol de cabeça, mas estava impedido.
Fonte:Extra
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