O presidente da Câmara, Hugo Motta, aproveitou sua fala no seminário do grupo empresarial Lide, em Nova York, para fazer um breve desabafo depois de seguidos episódios de desentendimentos com o STF e a oposição por conta de assuntos como os julgamentos do 8 de Janeiro e da trama golpista do governo Jair Bolsonaro.

Depois de fazer uma lista de assuntos econômicos que deverão ser prioridade na Casa que preside neste ano, pediu que haja entendimento para que o Legislativo possa "sair de pautas tóxicas" que não ajudam a construir um caminho para maior crescimento econômico.

Também não faltou na fala do deputado uma sutil cobrança ao governo Lula. Ele afirmou que o Executivo segue sem querer "fazer o dever de casa fiscal", e que a Câmara pretende encarar essa agenda, para criar as condições para que o Brasil possa reduzir o peso do Estado e alcançar maior eficiência.

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Ele não detalhou o que seria essa lição de casa fiscal em termos de mudança no arcabouço vigente desde 2023. Motta e o presidente do STF, Luis Roberto Barroso, não chegaram a dividir o palco no evento, ao qual ambos compareceram.

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Os presidentes dos dois Poderes também estarão juntos em outros encontros da Semana do Brasil nos Estados Unidos, mas não está prevista nenhuma reunião reservada para discutir o assunto que atualmente divide Câmara e STF: a resolução aprovada pelo parlamento que pretendia suspender a ação da trama golpista para o deputado Alexandre Ramagem e os demais co-réus, e que foi sustada em grande parte pela 1ª Turma da Corte. 

Fonte: O Globo