Foto: Reprodução
Um intenso confronto entre o presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas da OAB-RJ, James Walker, e um capitão-tenente da Marinha marcou a madrugada e manhã desta terça-feira (14) no Rio de Janeiro.
O advogado Adriano Carvalho da Rocha foi detido na segunda-feira (13) no 1º Distrito Naval, na Praça Mauá, após tirar uma selfie enquanto protocolava um documento para um cliente. Acusado de crime contra a Segurança Externa do País, segundo o Código Penal Militar, Adriano ficou incomunicável por cerca de duas horas, sem acesso a banheiro, chegando a urinar na calçada.
Após ser acionado, Walker e outros dez advogados da OAB-RJ se dirigiram à unidade militar para garantir a liberação de Adriano. Eles relataram resistência e deboche por parte dos militares, que dificultaram a soltura do advogado. Uma primeiro-tenente chegou a solicitar um exame de sanidade mental para Adriano, o que foi recusado pelo advogado por considerar a solicitação irregular.
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Na manhã de terça-feira, durante o exame de corpo de delito na 5ª Delegacia de Polícia, o capitão-tenente Wagner Monteiro Moura sugeriu o uso de força contra o advogado, o que gerou a reação imediata de Walker.
O presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB-RJ confrontou o militar, defendendo as prerrogativas do advogado e denunciando a tortura sofrida na unidade militar.
A intervenção do juiz federal da Justiça Militar, Claudio Amin Miguel, que convocou uma audiência de custódia, foi decisiva para a libertação de Adriano. A procuradora da Justiça Militar, Hevelize Jourdan Covas Pereira, e o juiz-auditor consideraram a prisão inadequada, concedendo liberdade ao advogado. Walker registrou queixa contra os militares envolvidos na prisão por abuso de autoridade na 5ª DP e na Polícia Federal.
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