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13/09/2021

Presidente do Tupi tem prisão confirmada por posse de arma; Polícia Civil arbitra fiança de R$ 50 mil

Foto: Bruno Ribeiro

Material apreendido durante a operação

A Polícia Civil confirmou a prisão em flagrante do presidente do Tupi, José Luiz Mauler Júnior, por causa das armas de fogo apreendias na casa dele e arbitrou fiança de R$ 50 mil. A apreensão ocorreu durante a "Operação Tupi: Jogando Limpo", quando foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na sede do clube e na casa do presidente, na manhã desta segunda-feira, em Juiz de Fora.

 

Os mandados foram cumpridos como desdobramento do inquérito instaurado pela 4ª Delegacia de Polícia Civil, que investiga uma série de irregularidades envolvendo a base do clube.

 

Além das armas, foram apreendidos o celular do presidente do clube, computadores e documentos. A quebra do sigilo telefônico e de dados dos computadores foi autorizada pela Justiça.

 

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Delegada, Ione Barbosa, Polícia Civil, Juiz de Fora — Foto: Bruno Ribeiro

Delegada, Ione Barbosa, Polícia Civil, Juiz de Fora

(Foto: Bruno Ribeiro)

 

A delegada responsável pelo caso, Ione Barbosa, informou que, a partir da análise do material, poderá pedir a prisão preventiva de José Luiz como parte do inquérito sobre as irregularidades na base.

 

Presente no local, a reportagem apurou que familiares tentam reunir o dinheiro para pagar a fiança, arbitrada pela Polícia Civil. Até a última atualização dessa reportagem, o pagamento não havia sido informado

 

Prisão


A delegada deixou claro que a prisão em flagrante é referente às armas que foram encontrada na casa do presidente do clube que estavam em situação irregular.

 

"Nós estamos ratificando a prisão em flagrante em decorrência das armas. Foi caracterizado, passada pela perícia e detectada a eficiência destas armas. Então haverá a prisão em decorrência da posse de arma de fogo", afirmou a delegada.

 

Armas de fogo foram apreendidas na casa de José Luiz Mauler Júnior, presidente do Tupi. Segundo a Polícia Civil, armas não tinham registro — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Armas de fogo foram apreendidas na casa de José Luiz Mauler Júnior,

presidente do Tupi. Segundo a Polícia Civil, armas não

tinham registro (Foto: Polícia Civil)

 

Foi estipulada fiança de R$ 50 mil. Caso contrário, José Luiz Mauler Júnior será encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp).

 

"Arbitrei a esse crime, passível de fiança, em R$ 50 mil. Se ele tiver o valor, necessariamente, a gente tem que liberar, o que não significa que ele não vai responder. Acredito que ele não teria o valor todo no momento. Até que não venha o valor, ele deve seguir preso", explicou Ione.

 

Preventiva


Em relação aos caso de irregularidade na base do clube, a delegada informou que o material apreendido será analisado. Caso a liberdade do presidente do Tupi-MG transpareça que dificultará a investigação, a polícia poderá pedir a prisão preventiva dele.

 

"Foi quebrado o sigilo de dados do que foi apreendido por nós. Foi aprendido o celular do presidente, dois computadores, e vasta documentação. Esta documentação nós vamos analisar. Ele se encontra preso em flagrante e nada impede, se houver necessidade e motivos, para tal onde indícios de autoria, materialidade e também alguma suspeição de que soltura possa comprometer as investigações, podemos pedir a prisão preventiva.

 

Entenda o caso


Em junho desse ano, o ge publicou uma série de reportagens com inúmeras denúncias sobre supostas irregularidades envolvendo as categorias de base do Tupi, geridas pelo Grupo Multisport desde fevereiro de 2020 (veja os links ao fim da reportagem). As reclamações foram das mais variadas:

 

Operação foi realizada na manhã desta segunda-feira, 13 de setembro  — Foto: Arquivo ge.globo

Operação foi realizada na manhã desta segunda-feira, 13 de

setembro (Foto: Arquivo ge)

 

Falta de transparência nos custos das peneiras ao longo do processo


Adiamentos, cancelamentos, falta de informações e não reembolso


Dúvidas sobre critérios de seleção


Retorno de reprovados ao processo mediante a pagamento


Quebra de promessas entre a primeira e a segunda fases da categoria sub-23


Intimidação dos atletas na categoria sub-23


Venda de profissionalizações


Mesmo antes da publicação das matérias, as insatisfações chegaram à Polícia Civil, que começou a fazer as diligências em maio, ouvindo reclamantes e possíveis testemunhas.

 

As manifestações com relação às condutas na base do clube começaram a se fazer mais frequentes nas redes sociais. No dia 10 de junho, véspera da publicação das reportagens pelo ge, o presidente do Tupi, José Luiz Mauler Júnior informou que novas peneiras não seriam agendadas até setembro, para que as seletivas prometidas anteriormente e que não haviam sido realizadas fossem remarcadas.

 

 

Com mais material em mãos, a Polícia Civil avançou nas apurações e instaurou inquérito para investigar as denúncias e as condutas, tanto do Multisport, que geria a formação de atletas no clube, quanto o próprio Tupi. O responsável pelo grupo gestor, Tiago Ferreira Conte, e o presidente carijó, Juninho, foram intimados, bem como outros envolvidos direta ou indiretamente nas denúncias.

 

No dia 24 de junho, apenas dois dias após da confirmação da abertura do inquérito, o presidente Juninho afastou Tiago Conte da diretoria do clube. Ele havia sido oficializado como vice-presidente financeiro do Carijó em fevereiro.

 

No fim de julho, a delegada titular da 4ª Delegacia de Polícia Civil, Ione Barbosa fez uma acareação entre Tiago Conte e Luigi Firmiano, supervisor da base á época, denunciado por várias vítimas.

 

A delegada verificou inconsistências nos depoimentos e, através de acordo entre as partes, fixou duas datas para que Tiago Conte repassasse o valor de R$ 43.250 a algumas vítimas para cobrir os prejuízos de quem pagou e não pôde participar das peneiras. No entanto, os comprovantes de pagamento não foram repassados à Polícia Civil, conforme o combinado.

 

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Recentemente, no dia 10 de setembro, o clube anunciou a retomada da peneiras, em meio à investigação que apura as irregularidades na base. O clube informou que fará seletivas para jogadores entre 20 e 23 anos. Os valores não foram anunciados oficialmente pelo Carijó.

 

Fonte; GE

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