O teor da denúncia foi repassado à Corregedoria da Polícia Militar
Acusado de integrar a milícia da Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, Claudio Rodrigo Monteiro, o Ceta, mantinha contato frequente com oficiais da Polícia Militar do Rio antes da sua prisão na última quinta-feira, segundo o do Ministério Público.
O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP obteve mensagens em que Ceta se refere a um coronel da PM como "meu pai" e parabeniza o oficial pelo seu aniversário. Em diálogo com um capitão, dá detalhes de como está a movimentação no Morro do Fubá, que era controlado pela quadrilha. O teor da denúncia foi repassado à Corregedoria da Polícia Militar.
Os oficiais foram identificados, mas não denunciados.Em uma das conversas interceptadas, Claudio Rodrigo conversar com Wagner Evaristo da Silva Junior, o Junior Play, que era chefe da milícia até ser morto em setembro do ano passado. Nas mensagens, Ceta se refere ao coronel como "meu pai" e pede uma ajuda ao miliciano para dar um presente ao oficial, já que seu aniversário estava se aproximando.
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"Irmão, aniversário do meu pai. Você pode ajudar com uma meta para eu dar um presente para ele? Ele não precisa de nada, é porque somo correria. Eu queria dar uma moral para ele. Penso lá na frente", escreveu.No dia do aniversário, Claudio Rodrigo parabeniza o oficial pela data. O coronel, que já comandou batalhões no Rio e ocupou cargos na cúpula da Polícia Militar, agradece "o carinho de sempre" e afirma que "Deus sempre foi generoso" ao apresentar "pessoas boas iguais" a Ceta em sua vida.
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"O vínculo estreito entre o denunciado e Oficiais da Polícia Militar restou evidenciado. Referidas “amizades” viabilizavam informações acerca de incursões policiais, aproximação entre milicianos e Oficiais da PM, inclusive com informação acerca do número PIX vinculado ao denunciado Anderson (Santos) irmão de Wagner Evaristo, sem qualquer justificativa lícita ou razoável", diz trecho da denúncia.
Fonte: Revista Forum