Conhecido como “o paciente de Berlim”, ele lutava contra a leucemia há anos
Timothy Ray Brown, que fez história como “o paciente de Berlim”, a primeira pessoa curada da infecção pelo HIV, morreu de câncer em casa, na última terça-feira (29), aos 54 anos.
A notícia foi dada pelo seu parceiro, Tim Hoeffgen, em uma rede social. O casal morava na Califórnia, EUA.
O “paciente de Berlim” lutava há muitos anos contra uma leucemia que persistia em voltar. Ele chegou a receber transplantes de medula óssea e células-tronco em 2007 e 2008, que pareciam ter eliminado tanto a leucemia quanto o HIV – o vírus que causa a AIDS.
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“Timothy simbolizou que é possível, em circunstâncias especiais, livrar um paciente do HIV – algo que muitos cientistas duvidavam que pudesse ser feito”, declarou o Dr. Gero Huetter, o médico alemão que liderou o histórico tratamento de Brown.
A Sociedade Internacional de AIDS, que teve Brown falando em uma conferência após seu tratamento bem-sucedido, emitiu um comunicado lamentando sua morte e agradecendo-o por promover pesquisas para encontrar uma cura.
O início do que parecia ser impossível
Brown trabalhava como tradutor em Berlim, quando foi diagnosticado com HIV e, mais tarde, leucemia.
Os transplantes são conhecidos pela eficácia em tratar o câncer de sangue, mas o médico Dr. Huetter queria tentar curar a infecção pelo HIV também usando um doador com uma mutação genética rara que dá resistência natural ao vírus.
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O primeiro transplante de Brown, em 2007, foi parcialmente bem-sucedido: apenas o HIV tinha desaparecido. Ele passou por um segundo transplante do mesmo doador no ano seguinte, que parecia funcionar sobre a leucemia.
Jornal Ciência