18 de Maio de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Internacional
24/09/2022

Protestos no Irã: sobe para 35 o número de mortos em manifestações pelo caso de Mahsa Amini

Foto: Reprodução

Jovem morta no dia 16 foi presa por não usar o véu como as autoridades consideram correto

Ao menos 35 pessoas já foram mortas no Irã em protestos pelo caso de Mahsa Amini, jovem que foi presa pela polícia dos costumes do país por não usar o véu como as autoridades consideram correto.

 

Mahsa foi declarada morta no dia 16 deste mês, três dias após sua prisão.

 

Neste sábado (24), o presidente do Irã, Ebrahim Raisi afirmou que o país deve "lidar de forma decisiva com aqueles que se opõem à segurança e tranquilidade do país", segundo informou a mídia estatal iraniana.

 

Veja também

 

Protestos no Irã: ONG diz que 36 pessoas morreram após morte de mulher detida pela polícia da moral

 

Câmeras de segurança flagram ladrão furtando celular em estabelecimento comercial na feira do Fuxico, Zona Leste de Manaus. VEJA VÍDEOS

 

Os comentários de Raisi foram feitos em um telefonema de condolências à família de um agente de segurança esfaqueado até a morte na semana passada, durante uma manifestação, destacou a agência de notícias Reuters.

 

Comício a favor do governo do Irã em Teerã, em 23 de setembro de 2022 — Foto: Majid Asgaripour/Wana/Reuters

 

Na sexta-feira (23), comícios organizados pelo Estado ocorreram em várias cidades iranianas para combater os protestos contra o governo, e o exército prometeu enfrentar "os inimigos" por trás dos distúrbios.

 

INÍCIO DAS MANIFESTAÇÕES

 

Os protestos eclodiram no noroeste do Irã há uma semana no funeral de Mahsa Amini, uma mulher curda de 22 anos que morreu depois de entrar em coma após sua prisão pela polícia dos costumes.

 

Sua morte reacendeu a raiva por questões como restrições às liberdades pessoais no Irã, os rígidos códigos de vestimenta para mulheres e uma economia que vem sofrendo com as sanções.

 

As mulheres têm desempenhado um papel de destaque nos protestos, acenando e queimando seus véus. Segundo a Reuter, algumas cortaram o cabelo publicamente, enquanto multidões furiosas clamavam pela queda do líder supremo aiatolá Ali Khamenei.

 

No Irã, mulheres fogem da polícia durante protesto. — Foto: Associated Press

 

Os protestos são os maiores a varrer o país desde as manifestações sobre os preços dos combustíveis em 2019, quando cerca de 1.500 pessoas foram mortas em uma repressão aos manifestantes. Foi o confronto mais sangrento da história da República Islâmica.

 

PRISÕES E REPRESÁLIAS

 

Agências de notícias iranianas informaram neste sábado (24) que 739 manifestantes foram presos na província de Gilan, no norte do Mar Cáspio.

 

A conta do ativista no Twitter 1500tasvir, que tem 125 mil seguidores, disse que os canais de comunicação com a cidade de Oshnavih, no noroeste, foram cortados e os telefones fixos foram interrompidos.

 

Oshnavih foi uma das várias cidades no noroeste do Irã, onde vive a maioria dos 10 milhões de curdos do país, que realizaram uma greve na sexta-feira. O grupo de defesa dos direitos curdos Hengaw postou um vídeo que mostrava manifestantes no controle de partes da cidade na sexta-feira.

 

Protestos contra morte da jovem Mahsa Amini no Teerã, capital do Irã, no dia 21 de setembro. — Foto: Reuters

 

Ato na capital Erbil, capital do Curdistão Iraquiano. — Foto: Reuters

 

Em Istambul, na Turquia, mulheres também protestaram contra a morte de Mahsa Amini.  — Foto: Reuters

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram.

Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram

 

Em Beirute, no Líbano, mulheres participaram de uma manifestação após a morte de Mahsa Amini no dia  21 de setembro de 2022. — Foto: Reuters

Fotos: Reprodução


Fonte: G1

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.