28 de Abril de 2024 - Ano 10
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19/01/2022

Queda de casos em outros países indica que pico de Ômicron pode acontecer em duas a três semanas

Foto: Reprodução

Onda epidemiológica em países como África do Sul, Reino Unido, Canadá e Austrália indica entre quatro e seis semanas de aumento vertiginoso de infecções

A variante Ômicron tem se mostrado não uma nova onda da Covid, mas um verdadeiro tsunami, provocando uma explosão de casos. Da experiência desses lugares vem sendo possível prever o tempo de duração da crise: entre quatro e seis semanas de aumento vertiginoso no número de infecções até atingir o pico, seguido por, da mesma forma, queda acentuada. Caso o Brasil siga esse padrão, estaríamos a duas ou três semanas do pico e, assim, entrando logo em queda.

 

A África do Sul, onde a variante foi identificada no final de novembro, é o primeiro exemplo. Após atingir o auge em 17 de dezembro, com 23 mil casos, atualmente tem número menor de casos do que nos primeiros dias daquele mês, com 4.636.

 

O Reino Unido já consolidou a mesma curva, embora ainda mantenha um número bem alto de infecções já que a onda chegou depois. De maneira mais recente, Canadá, Austrália e cidades populosas dos Estados Unidos, como Nova York, também já observam o número de casos despencar.

 

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Para o infectologista, professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Julio Croda, o padrão na curva dos outros países é claro: subida por cerca de cinco semanas e, depois, queda. No Brasil, isso deve se repetir:

 

— Vamos observar essa curva aqui e o estado onde isso será visto precocemente é São Paulo, que teve os primeiros casos. No entanto, como teve réveillon e férias, houve uma sincronização entre as regiões. É um tsunami que vem e vai muito rapidamente. Se considerarmos a semana entre Natal e Ano Novo como início da curva epidemiológica, teremos o pico no começo de fevereiro para depois começar a queda. Isso, claro, se a nossa curva epidêmica se comportar de forma semelhante.

 

Para o médico, embora tudo indique que essa onda vai ser mais breve, não dá para relaxar:

 

— Acho que alguns estados podem enfrentar colapso no sistema de saúde. As vacinas ditam como vão ser mortes e internações, mas é o comportamento humano que dita a transmissão.

 

A OMS também evita comemorar antes da hora. O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou ontem que ainda há muito pela frente.

 

— Esta pandemia está longe de terminar, e dado o incrível crescimento da Ômicron em todo o mundo, é provável que surjam novas variantes — disse Adhanom em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça. — Em alguns países, os casos de Covid parecem ter atingido o pico, dando esperança de que o pior desta última onda já passou, mas nenhum está fora de perigo ainda.

 

O exemplo de outras nações traz além de esperança, informações úteis. Para Julio Croda, é fundamental usar o exemplo das curvas epidemiológicas para que o poder público brasileiro se organize:

 

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— A mensagem é que a gente tem que aprender com outros países e planejar melhor. Não é surpresa o que vai acontecer em poucas semanas, por isso precisamos investir em leitos de enfermaria e testes para a população.  

 

Fonte: O Globo 

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