26 de Abril de 2024 - Ano 10
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03/08/2022

Queda na procura por vacinas contra Covid faz com que milhares de doses percam a validade

Foto: Reprodução

A queda na procura por vacinas contra a Covid no Brasil está provocando ao mesmo tempo dois efeitos muito ruins. O primeiro, e mais importante, é que as pessoas que não completam o esquema de proteção se expõem a riscos de desenvolver formas graves da doença. E, ao mesmo tempo, esse desinteresse está fazendo com que milhares de doses percam a validade, num desperdício enorme de dinheiro público.

 

A segunda dose de reforço do motorista de aplicativo Luiz Sérgio Castro contra a Covid veio com atraso, mas veio.

 

“Por acaso, eu vim deixar uma moça aqui e, como estava vazio, aproveitei”, conta.

 

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Está mais vazio porque a procura caiu muito, e está sobrando vacina. E, apesar de a proteção ser a mesma, alguns ainda podem escolher os imunizantes.

 

Com isso, a AstraZeneca vai ficando parada no estoque de um posto de saúde do Rio. Inicialmente, a validade das doses que estão no posto ia até maio, mas a Anvisa aprovou a ampliação do tempo de duração de lotes novos e de já fabricados. A AstraZeneca passou a valer por nove meses, e a Pfizer, por 12 meses. A Anvisa reforça que a mudança veio depois de testes comprovando que a eficácia era mantida com os novos prazos.

 

“Eu tomei as duas primeiras da CoronaVac, a terceira Pfizer e essa agora, AstraZeneca, para não deixar ir para o lixo”, conta o profissional de educação física Carlos Duarte.

 

Mesmo com a extensão, as doses que estão no posto vencem no dia 22 de agosto. Depois dessa data, as doses que não forem aplicadas terão o mesmo destino de outro lote da AstraZeneca que venceu agora, no começo de agosto, na cidade do Rio.

 

As doses serão recolhidas e mantidas em câmara fria, aguardando uma decisão do PNI, o Programa Nacional de Imunização. A Prefeitura do Rio disse que ainda não contabilizou a quantidade de vacinas recolhidas até agora. Um desperdício que se repete em muitas partes do Brasil.

 

Em Marabá, no Pará, 9,3 mil doses da Pfizer foram descartadas no fim da semana passada. Segundo a prefeitura, a procura da população está abaixo da meta. A Prefeitura de Foz do Iguaçu, no Paraná, vai ter que descartar mais de 4,5 mil doses por causa da baixa procura dos adolescentes.

 

A Secretaria da Saúde de Fortaleza jogou fora mais de 47 mil doses das vacinas CoronaVac e Pfizer pediátrica com o prazo expirado. No Rio Grande do Sul, esta semana vencem 266 mil doses da AstraZeneca. Em Sergipe, 11 mil doses do imunizante da AstraZeneca foram perdidas.

 

Gonzalo Vecina, professor de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, considera inaceitável o vencimento dessas doses.

 

“É um absurdo jogar a vacina no lixo, não só porque nós precisamos como temos muitos países no mundo, como os africanos e aqui na América Latina vários, como, por exemplo, o Haiti e a Bolívia, que não têm vacina para proteger a sua população. E nós vamos jogar vacina no lixo por imprevisão das autoridades sanitárias”, afirma.

 

Segundo ele, falta campanha de alerta para a necessidade da vacinação completa.

 

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“As pessoas não têm atendido a esse chamado porque não tem acontecido esse chamado. Hoje, praticamente nenhuma das três esferas de governo está convocando as pessoas para vacinar. A vacina contra a Covid não protege de ter a doença, mas protege de morrer da doença. É fundamental fazer o esquema vacinal completo”, ressalta. 

 

Fonte: G1

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