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01/02/2023

Quem foi Maria Bonita, a mais famosa mulher do cangaço?

Foto: Reprodução

Maria Bonita é lembrada como a primeira mulher a entrar para o cangaço e por ter sido casada com o mais famoso cangaceiro da história.

 

Porém, sua história não se limita à participação no grupo de Lampião.

 

Ela sempre mostrou ser uma pessoa interessada em satisfazer suas próprias vontades, era engraçada e optou pelo cangaço a ter que viver com um homem que a traía.

 

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MARIA DE DÉA

 

Maria Gomes de Oliveira nasceu no dia 17 de janeiro de 1910, no município de Malhada da Caiçara (atualmente Paulo Afonso). Ela foi a segunda dos 12 filhos do casal José Filipe Gomes de Oliveira e Maria Joaquina Conceição de Oliveira — conhecida como Dona Déa, de onde surgiu o apelido da filha.

 

Por muito tempo, a data atribuída ao nascimento de Maria de Déa foi em 8 de março de 1911. A data — que coincidia com o Dia Internacional da Mulher — foi corrigida apenas em 2011, quando o sociólogo Voldi Ribeiro conseguiu encontrar a certidão de nascimento de Maria.

 

Aos 15 anos, ela se casou com seu primo, o sapateiro Zé de Neném. O casamento foi conturbado desde o início. Zé era um fanfarrão, que se tornava bastante agressivo quando bebia. Além disso, Zé de Neném parecia ser incapaz de satisfazer sexualmente a esposa, além de ser infiel.

 

Maria, por outro lado, não se deixava intimidar. Abandonava o marido constantemente e voltava a morar com os pais. Ia para as festas da cidade e dançava forró com vários homens — há indícios que ela possuía um amante. Essas suas atitudes ajudaram a construir a imagem de uma mulher à frente do seu tempo.

 

Ela conheceu Lampião em um desses períodos que passou com os pais. Na época, Virgulino Ferreira da Silva já era um cangaceiro bastante conhecido. Maria viu nele a possibilidade de abandonar a vida infeliz e viver uma aventura ao lado de um bandido nacionalmente conhecido. E assim, os dois começaram a namorar em 1929.

 

DE MARIA DE DÉA PARA MARIA BONITA

 

Maria entra oficialmente para o cangaço em 1930. Além de primeira, ela foi uma das poucas mulheres a fazer isso por vontade própria. Na maioria dos casos, os cangaceiros sequestravam garotas — menores de idade —, estupravam elas e as forçavam a seguir no grupo.

 

Em 1931 nasceu Expedita, a primeira e única filha do casal. Ela foi entregue a um casal de fazendeiros, como era comum no grupo que não permitia a presença de crianças. As mulheres no cangaço, assim como na cidade, também serviam aos seus maridos. Quando havia suspeita de traição, elas eram assassinadas. Cristina, uma das cangaceiras do grupo de Lampião, foi acusada de ter um caso com outro homem do grupo. Ela foi morta e Maria Bonita foi uma das que apoiou que isso acontecesse.

 

Além disso, Maria Bonita foi uma das poucas mulheres cangaceiras que sabia atirar. O papel da mulher não envolvia cometer os crimes. Este foi um dos motivos que fez com que elas fossem apagadas da história do cangaço por muito tempo — as exceções foram Maria Bonita e Dadá.

 

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A história de Maria Bonita no Cangaço durou menos de uma década. No dia 28 de julho de 1938, 11 cangaceiros foram assassinados por policiais em uma emboscada. Maria Bonita e Lampião estavam entre os mortos. Eles tiveram suas cabeças decepadas e expostas ao público em Maceió. Foi nesse momento que Maria de Déa passou a ser chamada de Maria Bonita, um apelido dado pelo próprio policial que a matou.

 

Fonte: Mega Curioso

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