Segundo o Gabriel Jorgewich-Cohen, o autor do trabalho, foi confirmado a existência de pelo menos duas populações diferentes
Um estudo que envolveu os pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), publicado na revista Scientific Reports, aponta que há duas populações da espécie de rã-touro americana (Aquarana catesbeiana) no Brasil, ambas presentes tanto em ranários como invadindo ecossistemas locais.
Segundo o Gabriel Jorgewich-Cohen, o autor do trabalho, uma dessas populações, provavelmente, descende dos primeiros animais introduzidos no Brasil. “Essa população está presente em praticamente todo o Sul e Sudeste. A outra é praticamente restrita a Minas Gerais, mas ocorre em menor número em outros estados”, contou
A espécie foi encontrada no país pela primeira vez em 1935, no Rio de Janeiro, para a produção de carne, a espécie nativa da América do Norte passou a ser criada em praticamente todo o Sul e o Sudeste. No entanto, se espalhou também na natureza, gerando impactos para os ecossistemas locais, principalmente doenças para as quais as espécies nativas não possuem defesa.
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O professor do IB-USP apoiado pela Fapesp, que coordenou o estudo, afirma que, "nossos resultados mostram que as rãs invasoras e de cativeiro são indistinguíveis geneticamente, reforçando a importância da prevenção dos escapes dos ranários”, afirmou.
Caso houvesse uma maior diversidade genética das populações, seria possível saber com mais precisão a procedência de cada animal. Assim, em tese, análises de rãs-touro capturadas na natureza poderiam apontar uma região ou mesmo um ranário de onde ela ou um ancestral próximo escapou, possibilitando uma melhor fiscalização.
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Entre as populações introduzidas dessa espécie já estudadas em outros países, porém, a brasileira é a que tem a menor diversidade. A rã-touro é considerada a principal espécie de anfíbio invasora no mundo
Fonte: Diário Online