Renan Calheiros e Pazuello
A participação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello em ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro, neste domingo, provocou críticas de membros da CPI da Covid e aumentou o sentimento da maioria de que ele deve ser reconvocado a depor.
Na visão de parlamentares independentes e da oposição, Pazuello afrontou a comissão e demonstrou que mentiu ao colegiado quando defendeu medidas de isolamento social e pediu desculpas por ter sido flagrado anteriormente sem máscara. Hoje, ele surgiu mais uma vez sem o equipamento de proteção em manifestação que reuniu milhares de pessoas no Rio de Janeiro.
Mesmo antes do ato com Bolsonaro, a oposição já alegava que o ex-ministro precisava ser ouvido novamente por ter mentido em seu depoimento. Após a manifestação deste domingo, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), ironizou a desculpa usada por Pazuello ao ser flagrado sem máscara no Amazonas. À CPI, o ex-ministro justificou que entrou em um shopping justamente para comprar uma nova.
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— Não me pareceu que o presidente Bolsonaro estava vendendo máscaras hoje — disse Aziz
Nas redes sociais, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) chamou Pazuello de "mentiroso assumido".
"Ministro vai ao Maranhão levar testes de Covid enquanto o presidente, que já tinha aglomerado maranhenses, espalha vírus no Rio com Pazuello, um mentiroso assumido. Pessoas morrem e o governo se comporta como o cavalo do bêbado, que marcha para todo lado ao mesmo tempo", criticou Renan pelo Twitter.
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O senador Otto Alencar (PSD-BA) escreveu que, "enquanto o Brasil sofre com a Covid, (Jair) Bolsonaro afronta e aglomera". "Pazuello será reconvocado para depor na CPI da Covid", cravou Alencar.
Fonte: O Globo